Operação que contou om 90 policiais cumpriu 20 mandados de busca na região. Entre os presos estão um cadeirante e um médico ortopedista
Uma ação coordenada pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Barueri prendeu na sexta-feira, 15/7, sete homens envolvidos numa rede de crimes de pedofilia pela internet. A operação, chamada Obvilon241B, composta por 90 policiais, utilizou 40 viaturas para cumprir 20 mandados de busca e apreensão em oito cidades da região e uma do interior.
O trabalho foi a extensão de investigações nacionais que buscam identificar e prender criminosos que produzem, armazenam e compartilham material pornográfico em que aparecem crianças e adolescentes em situação de prática sexual. Com os presos, foram encontrados fotos e vídeos com menores de idade nus e cenas de masturbação e sexo explícito oral e vaginal.
Entre os sete detentos, membros de uma comunidade de difusão de material pornográfico infantil, estavam um cadeirante e um médico ortopedista, que foi libertado após pagar fiança superior a R$ 40 mil. Assim como ele, outros presos que pagaram a fiança responderão pelo crime em liberdade.
Segundo a delegada titular da DDM e chefe da operação, Priscila Camargo Campos Gonçalves, entre os presos havia profissionais bem colocados, pais de família e estudantes. “Não existe um perfil pré-definido, são homens de todas as classes sociais.”
Além das detenções, foi apreendido grande volume de material utilizado para a prática criminosa, como celulares, computadores, tablets, máquinas fotográficas, cartões de memória e pendrives. “Esse material vai nos permitir avançar no trabalho de investigação”, afirma a delegada.
Com as prisões e apreensões de hoje, a polícia espera, a partir da perícia dos equipamentos e interrogatórios dos detidos, chegar a um grande número de pessoas que integram a comunidade criminosa.
As cidades onde foram cumpridos os mandados são Barueri, inclusive em um condomínio de alto padrão, Santana de Parnaíba, Osasco, Carapicuíba, Jandira, Itapevi, Taboão da Serra e Itu. Os endereços e nomes dos envolvidos não foram divulgados.
O nome da operação é uma referência ao apelido de um dos chefes do esquema, que faz uma ironia em relação aos artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que define a pena para quem pratica pedofilia cibernética (artigos 240, 241A e 241B). Além de agentes da DDM, participaram da ação policiais do Demacro, da Delegagia Regional de Carapicuíba e do Deinter5.