quinta-feira, novembro 21, 2024
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A tecnologia avança, mas Barueri voltou no tempo e virou a terra dos panfletos

por: Redação

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Sim, amados leitores, os políticos da cidade, e da região, redescobriram os milagrosos papeizinhos cheios de promessas

Uma sessão bem mixuruca

Pois é, amados leitores, quem estava aguardando uma grande sessão legislativa na portentosa Câmara Municipal de Barueri, na última terça feira, ficou bastante frustrado, pois os nobres representantes do povo estavam assim, digamos, bastante tranquilos e comedidos até mesmo nas apresentações de proposituras, salvo aquelas mais comuns de moções de congratulações, reformas e iluminações com lâmpadas de “ led” nos escadões. E é claro, dar nomes de ruas e prédios públicos. Aliás, como eles gostam de solicitar reformas de escadões.

E por falar em moção de aplausos

Por indicação do vereador Wilson Zuffa, foi votada e aprovada por unanimidade uma moção de aplausos para a Igreja Universal do Reino de Deus, que promoveu no sábado, dia 4 do corrente, um grande evento denominado “Driblando a Fome“ que, segundo o edil, arrecadou algo em torno de 167 toneladas de alimentos. Eles posteriormente serão transformadas em cestas básicas distribuídas para os necessitados espalhados pelo Brasil varonil “salve salve-se quem puder”, é claro.

A cutucada do vereador Kaskata

O indefectível vereador Kaskata não perdeu a oportunidade de tecer comentários e parabenizar a realização do ato. Porém, deu uma cutucada de leve no vereador Wilson Zuffa, ao afirmar que só ficou sabendo dos acontecimentos de última hora e que não houve divulgação na cidade. E mais, Kaskata deu ainda uma “esnobadinha” ao dizer que graças ao trabalho do prefeito Rubens Furlan, aqui na cidade de Barueri ninguém vive em

situação de passar fome. Hummmmmmmmm.

Panis et circences

Na sua explanação sobre as atividades ocorridas em Barueri, Wilson Zuffa fez questão de destacar também a presença de mais de 30 mil pessoas abarcadas pela “Unisocial”, que se apresenta como o braço social da Igreja Universal e tem como proposta atender pessoas em situação de vulnerabilidade social. Foi tudo muito bonito, com partida de futebol, bandas de músicas, cantorias, perorações exacerbadas. (O grifo é nosso)

Você tem fome do que?

A situação de grande parcela dos brasileiros é de fome e pobreza extrema, mas seria só isso? Em 1987, os Titãs (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sergio Brito), compuseram a canção “Comida”, em que a fome ganha dimensão bem apropriada ao contexto de luta pela redemocratização que o país vivenciava – a fome de democracia, cultura, diversão, arte e felicidade: A gente não quer só comida. “Bebida é água! Comida é pasto! Você tem

sede de quê? Você tem fome de quê?… A gente não quer só comida, A gente quer comida diversão e arte. A gente não quer só comida, A gente quer saída para qualquer parte… A gente não quer só comida”. (Risos discretos)

A fome não tem religião

Pois é amados e fiéis leitores, no recorte do perdurável vereador Wilson Zuffa, o que mais me chamou a atenção durante o seu memorável pronunciamento em favor do braço social da Igreja Universal foi justamente aquele de que a “fome não tem religião” e o seu entusiasmo em salientar que no dia tinha mais de 400 pessoas de religião de matriz africana…Intolerância religiosa. Será que esses quatrocentos estavam com tanta fome assim? Pois nunca é demais lembrar o tratamento que a Igreja Universal do Reino de Deus dá especialmente em seus programas televisivos às religiões de matrizes africanas. Debater acerca desse tema é de suma importância, pois esta dissemina e reforça a discriminação e o preconceito em relação a religiões de matriz africana. Uma das principais obras doutrinárias da IURD é o livro, “Orixás, Caboclos e guias: deuses ou demônios” na qual é evidenciada a intolerância religiosa pregada contra religiões que lidam com o intercâmbio espiritual.

Seria uma manifestação da Síndrome de Estocolmo?

É importante que se destaque que em tempo algum esse velho escriba tem como escopo empanar o brilho das ações do “braço social da impoluta e tão dedicada igreja”, mas a proclamada presença de pessoas de religiões de matrizes africanas em tal evento me remete automaticamente a pensar que as mesmas, ou estavam em estado de Síndrome de Estocolmo, ou então se enquadram na locução substantiva “mulher de malandro” (pessoa que sendo submetida a sofrimento físico ou psicológico por uma ou mais vezes, e diante da perspectiva de que a probabilidade desse fato vir a ocorrer novamente ser quase certa, ainda assim se mantém junto ou se relacionando com a pessoa agressora).

O melhor prefeito do Brasil

Minha nossa, como diria a minha velha avó, “modéstia pouca é bobagem”. Dia desses chegou até a minha casa um panfleto cuja manchete era “Em São Paulo a eleição está indefinida e surge uma nova liderança: Elvis Cezar, melhor prefeito do Brasil, é pré-candidato ao governo pelo PDT”. O melhor prefeito do Brasil? Hummmmmmmm, de onde surgiu esse título eu não sei não, mas o homem está fazendo promessas de aumentar o salário mínimo em 20 por cento no dia 1º de janeiro de 2023, além de conceder cestas básicas para todas as famílias em situação de vulnerabilidade. Hi, hi, hi, hi!

Será que vão dar a Cezar o que ele pensa ser dele?

Bão, com todo respeito ao pré-candidato ao governo de São Paulo “o melhor prefeito do Brasil”, ainda continua sendo um ilustre desconhecido. Em uma pesquisa estimulada da RealTime BigData do dia 23 de maio, Fernando Hadad aparecia com 29%, Tarcisio e Márcio França com 15%, Rodrigo Garcia 7% e Elvis Cezar com 1%, atrás até mesmo de outros tantos também desconhecidos. Já pela Paraná Pesquisas em levantamento de 22 a 26 de março, ele aparece com 0,4% das intenções de votos. (Essas pesquisas foram amplamente divulgadas pelas mídias). Estariam esses números mentindo?

E já que falamos em panfletos

Minha nossa Senhora da Escada, e o festival de panfletos que estão chegando às casas dos moradores da nossa cidade? Acho que estamos vivendo uma temporada de “resurrectio” ou de “anastasis”. O último que recebi foi de ninguém menos que o donairoso Dr. Jaques Munhóz, que em carta aberta se coloca à disposição do povo de Barueri. “Dentro de um trabalho social de participação e retribuição a nossa sociedade” (sic)

Bondade pouca é bobagem

Como bondade pouca é bobagem, o inoxidável Dr. Jaques Munhóz ao que tudo indica parece querer incorporar uma espécie de Charles, o Anjo 45, sem se esquecer de rememorar aos meros mortais que ele já foi vereador por duas ocasiões, presidente da gloriosa Câmara Municipal, vice-prefeito etcetera e coisa e tal e agora, depois de um longo e tenebroso inverno, ressurge como uma fênix sem qualquer cargo político à disposição do povo. Hummmmmmmmmmmmmmmmm.

Mas não é só ele

Mas quem pensa que é só o Dr Jaques que anda rondando as casas dos baruerienses está redondamente enganado. Dia desses, tocou a campainha de minha casa uma senhora muito simpática e solícita, dizendo representar ao ex prefeito Gil Arantes. Segundo a mulher, ele está de portas abertas para atender especialmente aqueles mais necessitados. A tal senhora tirou foto toda sorridente com a minha empregada e, como se não bastasse, ainda deixou um número de celular garantindo que o mesmo pertence ao próprio Gil. Hê, hê, hê!

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