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Com uma pitada de irreverência, Leandro Kdeira conta suas experiências em tentativas de “cura”

Leandro Kdeira é morador de Barueri há 17 anos. Formado em Gestão Pública, coordena um projeto social de esporte para Pessoas com Deficiência em Barueri e também é atleta da bocha paralímpica.
Leandro Kdeira é morador de Barueri há 17 anos. Formado em Gestão Pública, coordena um projeto social de esporte para Pessoas com Deficiência em Barueri e também é atleta da bocha paralímpica.

Feche os olhos!
Lá vem presepada, pensei.
E colocou as mãos sobre as minhas pernas e disse com uma voz autoritária – mexe, mexe.
Caro, eu já mexo e sinto minhas pernas.
Risos internos com um misto de vontade de dar um soco.
Mas o ambiente não era propício e eu também não tenho força física para isso.
Percebam: Não estou falando de nenhum assédio, ou foi, sei lá.
Ele ficou todo sem graça e apenas disse:
– Que os desejos do teu coração sejam realizados.
Amém!
Era em uma igreja. Louvor, aquele momento que o pastor começa a ser “tocado” e começa a chamar algumas pessoas para irem até a frente.
– Ei, você na cadeira de rodas. Venha até aqui.
Eu, o único cadeirante, não tive para onde correr – não poderia faltar uma graça – e para não bancar a “ovelha rebelde”, fui.
Ele passou vergonha!
Em outro templo.
Glórias, agora vamos levantar um clamor de cura nesse lugar.
Todos olham em minha direção.
Penso: Pai, afasta de mim esse cálice.
Chegaram num bando de cinco jovens.
Todos querendo mostrar que tinham o poder.
Dois nas pernas, dois nos braços e um na cabeça.
Determino a cura, gritou um.
Que ele levante agora, falou o outro.
Houve um que bradou: Vamos lá, tenha mais fé.
Não levantei e não fui curado porque não estava doente.
Falta sabedoria em todo lugar!
Existem pessoas sérias também!
Era só isso.
Obrigado pela atenção e não me excomunguem.
Sou legal!
Amem.