O que seria um dia comum de trabalho para Kdeira terminou com ele ‘fora de combate’. E não foi por conta da deficiência
Tá bom, Tá bom!
Não dá mais para brigar com a realidade. Contrariado, sou obrigado a entregar os pontos e dar o braço a torcer.
Era o que eles queriam. Não irão me ver mais pelas ruas da cidade.
Quando o problema era só uma falta de acessibilidade ali e acolá, um motorista com cara feia ao te ver, ou um passageiro dizendo mentalmente “putz, vamos perder muito tempo até embarcarem esse cadeirante” a gente ia levando.
Claro que isso não se aplica a todos, talvez nem mesmo à maioria das pessoas – tá, pelo menos metade, ou um pouco mais.
Mas chegar ao ponto de ter dano físico, tipo “ser quebrado” por incompetência “dozoto”?
Ah mano, aí já é demais.
Você tá lá, indo trabalhar e do nada: Xablauuu.
Tu tá todo quebrado.
Meus amigos me desculpem insistir no assunto; sei que vivemos tempos difíceis, e que nos falta energia para pensar em “coisas menores”.
Não é mimimi. É problematização.
É insuportável saber que pessoas – no caso em questão, é uma Pessoa com Deficiência e não é o primeiro acontecimento – têm sido machucadas em transporte público e calçadas esburacadas e poucas são as providências. Eles sabem o que acontece e tem conhecimento do que deve ser feito.
Sei que esse assunto tá mais batido que carro de autoescola, mas fica minha sugestão:
Empresas – capacitem seus funcionários e melhorem o relacionamento com cliente.
Funcionários – empatia, por favor.
Diante disso tudo, digo: parei de sair de casa.
Sim. Ficarei recluso!
Eles venceram!
Mentira, no fundo, no fundo, eu vou continuar nessa peleja mais um pouco.
Verdade, eles só querem nosso dinheiro.