Desligamentos começaram nos últimos cinco meses da gestão de Gil Arantes e se aceleraram com o novo governo
O número de demitidos da prefeitura de Barueri nestes primeiros dias de governo Rubens Furlan somados aos dos últimos meses da gestão de Gil Arantes, deve ultrapassar os 3 mil definidos pelo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o município e o Ministério Público (MP).
A administração não fala em números, mas nos gabinetes do Paço Municipal a cifra de 3 mil é confirmada informalmente por funcionários e até mesmo secretários. Durante a semana, o movimento de demissões no posto montado no Centro de Eventos foi intenso.
Neste sábado, 7/1, o Diário de Barueri, órgão oficial dos atos do Executivo municipal, publicou uma lista com 233 nomes de pessoas que não se apresentaram para o exame demissional e foram exoneradas. Esses são apenas os funcionários que, por algum motivo, não se apresentaram para a demissão.
A onda de desligamentos começou em agosto, quando a gestão Gil Arantes fez um grande corte que atingiu todos os setores da administração. À época, já se especulava que poderiam ser 2 mil demitidos em poucos dias. Os números finais nunca foram revelados.
Na ocasião, fontes do Ministério Público (MP) afirmaram ao Barueri na Rede que as demissões estariam ligadas ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o órgão e a prefeitura e não cumprido pelo município. O TAC é um acordo em que a parte que está em falta assume um compromisso em troca de o processo não prosseguir na Justiça (Leia aqui sobre o TAC e as demissões de agosto: Onda de desligamentos na prefeitura pode atingir até 3 mil funcionários).
O termo foi resultado de anos de negociações para que o município dispensasse servidores comissionados cuja contratação a Justiça considerou ilegal e abrangiam as gestões tanto de Gil quanto de Furlan.
Hoje, oficialmente a prefeitura não se refere ao TAC quando fala dos desligamentos, mas as demissões feitas desde agosto praticamente cumprem as metas definidas no acordo.