Projeto foi desenvolvido com estudantes do 8º ano, que toparam fazer a aula extra
O professor de informática Paulo Ricardo dos Santos, de 32 anos, desenvolveu com os alunos do 8º ano da Emef Alexandrino da Silveira Bueno, do Jardim Silveira, aplicativos voltados para a alfabetização de crianças. O projeto foi feito no contra turno, com estudantes que toparam fazer a aula extra.
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Hoje, as aulas de informática não fazem parte da grade curricular do ensino municipal. Professores, como Paulo, trabalham nas escolas gerenciando as salas de computação e, mais recentemente, também auxiliam mestres e alunos com a utilização dos Chromebooks, que chegaram nas unidades em abril deste ano em parceria com o Google.
Na Emef Alexandrino, Paulo atende estudantes do 6º ao 9º ano, há dois anos, e leciona na rede há nove, com cargo também na Emef Ivani Maria Paes, do Jardim dos Camargos. Utilizando o tempo extra que ele tem que cumprir dentro da escola, o professor faz os projetos de criação de aplicativos desde 2016. “Foi uma continuidade do que já fiz em anos anteriores. Os aplicativos são sempre voltados para a educação”, contou Paulo.
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Neste ano, o projeto visou as turmas do 8º da escola do Silveira. Na iniciativa, o professor conseguiu juntar um grupo de 20 alunos, que tinham disponibilidade de ficar depois da aula, nas terças e sextas feiras, entre as 11h50 e as 12h40. Três equipes foram formadas e, em cinco meses, cada uma criou um aplicativo voltado para a alfabetização de crianças de seis anos, que estão no 1º ano.
“Eu lancei o desafio e eles se identificaram com o tema, pois se viram há alguns anos, quando estavam aprendendo a ler”, comentou o professor. Dentro de cada grupo, alguns integrantes cuidaram da parte da programação e outros do visual, tudo feito nos Chromebooks e na plataforma Inventor, uma parceria do Google com a universidade Massachusetts Institute of Technology (MIT). Os apps englobaram três níveis de alfabetização, um para identificar letras, outro para sílabas e um último para palavras.
“Fazer isso é muito gratificante! Faz com que os alunos se sintam protagonistas no processo de aprendizagem”, comemorou Paulo. Para o mestre, o projeto gerou mudanças na vida dos jovens. “Como a criação de apps tem muito a ver com a lógica, de maneira direta, ajudou eles em matemática”, disse, e finalizou que “eles tiveram que pesquisar para criar os aplicativos, desenvolvendo uma maior maturidade em relação a seleção de conteúdo na internet”.
No ano passado, o professor Paulo, e as alunas da Emef Ivani, participaram do concurso internacional Techonovation Challenge, desenvolvido pela MIT. Com três aplicativos da turma de Barueri concorrendo, elas chegaram até às quartas de final (confira a reportagem completa).