Com gritos de “soltem o inocente” e camisetas em apoio ao guarda, o grupo ficou até início do julgamento
Começou nesta segunda-feira, 18/9, o julgamento que irá decidir sobre a participação e culpabilidade de dois policiais militares e do guarda municipal de Barueri Sérgio Manhanhã no que ficou conhecido como ‘a chacina de Osasco’.

Dezenas de pessoas marcaram presença em frente ao Fórum de Osasco durante a tarde. Um grupo protestava a favor do GCM (guarda civil municipal) Sérgio Manhanhã. Com gritos de “soltem o inocente” e camisetas em apoio ao guarda, cerca de 30 pessoas ficaram até o início do julgamento. Ao mesmo tempo, familiares das vítimas também se manifestaram portando fotos das vítimas da chacina em Osasco e Barueri.
Preso desde dezembro de 2015, o ex-comandante do Grupamento de Intervenções Táticas e Estratégicas (Gite) alega desde a noite dos crimes que não teve qualquer participação, direta ou indireta, nos episódios que terminaram com a morte de 17 pessoas em Osasco e Barueri, no intervalo de poucas horas.

Nas redes sociais, especialmente em comentários de reportagens publicadas pelo Barueri na Rede sobre o caso, são inúmeras as manifestações a favor do GCM, tanto de pessoas próximas quanto de munícipes que dão declarações de aprovação à conduta de Manhanhã e se posicionam em sua defesa.
Guardas municipais de Barueri mudaram suas fotos de perfis nas redes sociais para imagens com a frase “Liberdade para Manhanhã”, em protesto contra a prisão do colega de trabalho. Cerca de 40 guardas devem se revezar em frente ao fórum, onde está sendo realizado o julgamento, que terá segurança especial.
Foi organizado um sistema de segurança em frente ao Fórum e a rua foi fechada para o trânsito. Rotas de ônibus também foram desviadas. A presença de um ônibus da GCM e de viaturas é frequente no local, além de policiais de motocicleta da Rocam.
O júri pode levar até 12 dias. Manhanhã e dois policiais militares são acusados de matar 17 pessoas e ferir outras sete na noite de 13 de agosto de 2015, em uma das maiores chacinas do Estado de São Paulo.