Grupo mantinha em cativeiros na divisa de Barueri com Osasco dois reféns que caíram no golpe do Tinder
As polícias Civil e Militar desmontaram na sexta-feira, 25/8, uma quadrilha que aplicava golpes a partir do aplicativo Tinder e que atuava entre Barueri e Osasco, mantendo as vítimas reféns enquanto faziam operações bancárias em suas contas.
O grupo atuava no Parque Imperial e usava cativeiros na favela do Morro do
Socó, na divisa com Osasco. Eles mantinham sequestrados dois homens quando foram descobertos pela polícia.
A operação começou na noite da sexta-feira, quando uma viatura do 5º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), suspeitou da movimentação de um Pálio que, ao perceber a aproximação policial, iniciou uma fuga pela rua Otacílio Alves Martins, no Parque Imperial.
O veículo chocou-se contra uma mureta e foi abordado pela equipe. No carro estavam um adulto e um adolescente de 16 anos. Ao verificar os dados do veículo, os agentes chegaram a sua proprietária.
Ela afirmou que seu filho, de 36 anos, havia saído com o carro na noite anterior dizendo que ia ao supermercado, mas estava desaparecido desde então. No período, ela notou movimentações bancárias feitas pelo celular do filho.
Com o apoio da Polícia Civil e após interrogar os dois presos, os policiais chegaram a dois endereços no Morro do Socó. Num deles, encontraram um morador, que admitiu ceder a casa para um grupo de criminosos em troca de drogas. No outro, detiveram dois irmãos que viviam na casa e no momento mantinham dois reféns, um deles, o filho da dona do Pálio.
O rapaz, um professor de educação física, contou que havia marcado um encontro com uma suposta mulher com quem conversava em um aplicativo de relacionamentos. Ele disse que quando chegou ao local combinado, foi rendido e levado a um cativeiro, de onde foi obrigado a fazer retiradas bancárias para os sequestradores.
O caso foi registrado na Delegacia Central de Barueri como organização criminosa, extorsão mediante sequestro e corrupção de menor. Os quatro adultos foram presos em flagrante e o adolescente encaminha à Fundação Casa. A polícia continua investigando as ações do grupo para identificar e prender outros envolvidos.