Jovem matou sogro a facadas e despejou um saco de cimento sobre ele. Motivo do crime seriam desavenças familiares
O pedreiro Roberto Santos de Jesus, de 41 anos, foi assassinado na manhã desta quinta-feira, 9/3, a golpes de faca, por seu genro, José Vinicius da Silva, de 22 anos, numa obra na rua Florianópolis, no Jardim Maria Helena. O crime aconteceu por volta de 8 horas, e José Vinicius foi preso pela polícia no início da tarde na casa de seus pais, no Vale do Sol.
Roberto trabalhava na ampliação de um sobrado no Maria Helena. No início da semana, como seu ajudante deixou o trabalho, convidou Vinicius para substituí-lo. Na manhã da quinta-feira, moradores da casa onde era realizada a obra ouviram uma discussão seguida de sinais de luta e, por fim, de gritos do pedreiro pedindo socorro.
A GCM foi chamada e em seguida o ajudante foi visto deixando o prédio tranquilamente. Uma dupla de agentes que fazia ronda nas proximidades chegou rapidamente ao local mas já encontrou Roberto morto. Segundo os guardas, Roberto recebeu vários ferimentos no rosto, pescoço e tórax, mas não foi possível concluir quantos ferimentos ele sofreu porque, depois das facadas, o agressor despejou um saco de cimento sobre a vítima.
Roberto e Vinicius viviam no mesmo núcleo familiar no Vale do Sol. Genro e sogro já haviam discutido por causa da forma como o jovem tratava a esposa, com ofensas e ameaças. O pedreiro também se queixava de que o rapaz não gostava de trabalhar e era sua filha quem mantinha o casal.
Ao mesmo tempo, Vinicius reclamava o pagamento do que ele entendia ser uma dívida do sogro. Quando o casal foi morar com Roberto, o genro comprou materiais de construção para reformar uma parte da casa. Depois, os jovens deixaram o local e Vinicius passou a cobrar que Roberto lhe pagasse o valor dos materiais adquiridos. Para familiares, este teria sido o motivo da briga que resultou na morte do pedreiro.
Preso pela Polícia Civil, Vinicius foi levado ao Distrito Policial do Jardim Silveira, responsável pelo caso. Lá, ele inicialmente negou o crime mas, aconselhado por agentes da segurança, acabou admitindo ter matado Roberto. Ele declarou que era muito xingado pelo sogro.
Roberto deixa cinco filhos, sendo o caçula, um bebê de cinco meses de idade.