21 de Junho de 2016
Mais uma eleição municipal se aproxima e numa cidade como Barueri, que não tem emissoras de rádio nem de TV, o grande desafio dos candidatos é fazer-se conhecer, chegar ao público. Com as novas regras para gastos de campanha e também a ampliação das limitações para a propaganda, a rede social acabou se tornando um importante instrumento.
Já há algum tempo, pré-candidatos vêm fazendo uso das ferramentas digitais, alguns com mais estrutura, outros de forma mais simples. Com isso, conseguem estabelecer um diálogo direto com a sociedade. A tecnologia, portanto, é uma grande contribuição para a democracia ao dar oportunidades iguais a todos os candidatos.
Infelizmente, porém, como tudo na vida real, ela pode ser utilizada para fins escusos. A velocidade e o alcance das redes sociais podem em segundos espalhar mentiras, distorcer fatos, destruir reputações. Quando um falso boato se espalha na sociedade, é muito difícil contê-lo e anular seus danos. Na rede social, esse perigo é multiplicado muitas vezes.
A disseminação de mentiras e boatos pelos meios digitais é um desvio que tem dado dor de cabeça para juristas e legisladores. No Brasil, já há leis para punir quem espalha fatos inverídicos, mas o tema ainda causa muita controvérsia, afinal, se quem inicialmente difunde uma mentira sabe o que está fazendo, quem a compartilha, muitas vezes, imagina que esteja passando à frente uma verdade.
Nesta eleição, portanto, as redes sociais terão uma relevância como nunca tiveram. O que se espera é que candidatos e seus correligionários a utilizem para ampliar o debate, difundir ideias e propostas e enriquecer a disputa. E que o cidadão esteja atento, avalie muito bem tudo o que lhe chegar e evite passar adiante aquilo sobre o que não tiver certeza. Do contrário, poderá estar fazendo sem perceber o serviço sujo por alguém que, muitas vezes, ele nem conhece.