Policiais federais e promotores fizeram buscas e apreensões em empresas de advogado que teria lavado mais de R$ 50 milhões entre 2011 e 2013
A Operação Lava Jato passou por Barueri nesta quinta-feira, 10/11. A Polícia Federal (PF) cumpriu cinco mandados de busca e apreensão na cidade como parte da 36ª fase das investigações, denominada Operação Dragão. Um sexto mandado foi cumprido em Santana de Parnaíba.
Ao todo, o juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná, responsável pela Lava Jato, determinou o cumprimento de dois mandados de prisão e 16 de busca e apreensão nos Estados do Paraná, Ceará e São Paulo. As ordens de prisão eram para o lobista Adir Assad, que já está preso, e o advogado Rodrigo Tacla Duran, que está fora do país desde o início do ano.
Segundo as investigações, os dois são responsáveis por lavar de mais de R$ 50 milhões dentro do esquema de desvio de dinheiro da Petrobras entre 2011 e 2013. De acordo com a força-tarefa formada pela PF, Ministério Público Federal (MPF) e Justiça Federal, os dois são “operadores financeiros especializados na lavagem de capitais de grandes empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato”.
Os investigadores afirmam que Rodrigo Tacla Duran movimentou pelo menos R$ 24 milhões entre 2011 e 2013 para o grupo Odebrecht a partir de seu escritório de advocacia que funciona no Alphaville. O trabalho de investigação aponta que ele teria controlado pelo menos 12 contas secretas abertas no exterior, em nome de empresas offshores, usadas pagar propinas para funcionários públicos e políticos no esquema de corrupção na Petrobrás, mas também fora dele.
Faziam parte da lista de mandados de busca e apreensão expedidos pelo juiz Sérgio Moro as empresas Tacla Duran Sociedade de Advogados, Econocell do Brasil Provedores e TWC Participações, todas de propriedade do advogado e instaladas no mesmo prédio da alameda Rio Negro, no Alphaville.
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