Aplicações são feitas com acompanhamento, orientação e informação sobre cuidados e direitos reprodutivos apresentados pelo grupo de Planejamento Familiar
A Secretaria de Saúde de Barueri está oferencendo, gratuitamente, a oportunidade para que mulheres jovens, de 11 a 19 anos, tenham implantes contraceptivos como forma de combate à gravidez precoce de adolescentes. São dois métodos disponíveis na rede pública do município, o DIU e o Implanto.
O primeiro, DIU Hormonal, que é introduzido no útero da paciente, é disponibilizado para todas as adolescentes com idade entre 11 e 19 anos. Já o Implanon, aplicado no braço da mulher, cabe apenas para as pacientes com idade a partir de 15 anos com acompanhamento no CAPS (Adulto, Infantojuvenil ou Álcool e Drogas), adolescentes em situação de alta vulnerabilidade social ou em situação de rua.
Os dois dispositivos contraceptivos são à base do hormônio progesterona e colocados por um médico ginecologista. De acordo com a prefeitura, as interessadas em adotar o método devem procurar a UBS mais próxima e procurar o grupo de Planejamento Familiar de cada unidade.
Durante o processo de implantação, são apresentados dados e informações sobre os cuidados e direitos da mulher no que trata da reprodução, bem como alertado que o método é um recuro apenas para a prevenção de gravidez precoce e não planejada e que não impede a transmissão e contágio de doenças sexualmente transmissíveis.
Preconceito e prejuízo à mulher jovem
A gravidez entre adolescentes é um fato que ainda causa preocupação. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, mais de 19 mil adolescentes de até 14 anos de idade tornaram-se mães em 2019, comprometendo o desenvolvimento social e educacional de jovens em todo o país.
Os números revelam que, apesar da quantidade de informações disponíveis, o preconceito ainda interfere nos cuidados de adolescentes no que se refere aos métodos contraceptivos. Em em muitos casos, têm-se gravidezes precoces, consideradas de alto risco, com aborto espontâneo, bebês com baixo peso ou prematuros, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, depressão pós-parto e mortalidade.
Quando os riscos de uma gestação precoce são superados, as adolescentes ainda enfrentam riscos sociais que afetam a vida escolar e a futura atuação no mercado de trabalho.