Sessão do glorioso Parlamento 26 de Março teve ataque a servidores e até troca de ofensas e gozações entre vereadores
A volta de quem nunca se foi de fato
Mais uma vez, depois de um longo e tenebroso inverno, eis que surjo impávido colosso para lhes apresentar essas mal traçadas linhas que narram as mais novas e quase constantes parvoíces exaradas pelas bocas nem um pouco conspícuas dos nobres representantes do povo que habitam o espetaculoso Parlamento 26 de Março da próspera cidade de Barueri
Um festival de moções e congratulações
Como eu sempre divulgo aqui, o portentoso Parlamento, que geralmente muito pouco parla, diga-se de passagem, porém é palco constante de salamaleques, rapapés, zumbaias, puxação de sacos descarados e desbragados, autoelogios que beiram ao cinismo, muitos discursos geralmente vazios e completamente sem sentido. É claro que eu não posso deixar de citar os perrengues e os bate fundos proporcionados pelos nobres que se arvoram como representantes do povo, dignos de fazer inveja às tretas que nem em malocas e cortiços mal frequentados costumam acontecer. (risos discretos)
“Nobres” se acham as últimas bolachas do pacote
Meus amados contumazes e fiéis leitores. É interessante de se observar que os distintos nobres vereadores, com raríssimas exceções, se arvoram no direito de serem as últimas bolachas do pacote e mais, ainda se colocam num panteão como se fossem deuses acima de qualquer crítica, como se nós meros mortais não conseguiríamos sobreviver sem o beneplácito deles. (risos discretos
Ironizaram o próprio colega
Bem, como eu já havia observado, dentro daquelas tão importantes atividades de fazerem moções disso e daquilo, homenagens pra Deus e o mundo, babações de ovos para figuras que muitas vezes fizeram “necas de pitibiribas” pela sociedade local, o vereador Dimi, resolveu tirar um sarrinho do seu colega Allan Miranda, que sabe-se lá por quais motivos propôs e conseguiu aprovar com o voto de todos os seus pares um título de cidadão benemérito para o jogador de futebol Cafu.
O jogador esnobou e ignorou a homenagem
Acontece que o ínclito jogador de futebol, mesmo sendo homenageado com o tal título, de forma nem um pouco gentil, simplesmente não deu a menor bola, não agradeceu e tampouco se dignou a colocar os seus sagrados pés no luxuoso Parlamento 26 de Março para receber a tal honraria, esnobando dessa forma a tal homenagem. Dessa forma, o vereador Allan, que fez a propositura, ficou à mercê das gozações do seu colega vereador Dimi e outros que o ironizaram da tribuna na última sessão legislativa. Hummm, pimenta no dos outros é refresco né!
Esse jogador morava ou ainda mora em Barueri
Para quem não sabe, esse cidadão morava ou ainda mora em Barueri, não tenho certeza, porém, a mansão do mesmo localizada no Alphaville foi penhorada e arrematada em leilão judicial em outubro de 2024, por 40 milhões,devid o a uma dívida do mesmo com uma empresa securitizadora, que ele havia contraído como avalista de um amigo. Será que foi por esse motivo que ele não foi buscar o seu título? (risos discretos)
Mais veneno do vereador Dimi
Aparentemente ainda insatisfeito em fustigar o seu colega vereador Allan com as suas aleivosias, o altamente “nobre” vereador Dimi, do alto da tribuna continuou a destilar o seu veneno amigo.
O vereador Keo entrou na treta
O também nobre vereador Keo Oliveira, ao ver o constrangimento ao qual o vereador Allan estava sendo submetido de maneira irônica (como se fosse uma brincadeira jovial) por parte do vereador Dimi, pediu um aparte e disse que o ideal seria que a casa revogasse a homenagem ao tal jogador, pois o mesmo não mais seria bem-vindo ao local.
Mais gozações por causa da homenagem
Um outro que também aproveitou a tiração de sarro por causa da homenagem frustrada ao jogador Cafu e partiu para tirar uma casquinha com o vereador Allan Miranda foi o vereador Kaskata, que disse com todas as letras que o tal de Cafu preferiu ir tomar café na Padaria Central ao invés de comparecer à câmara para ser homenageado, e ainda destacou que Allan ainda havia ido à rua 25 de Março e voltou abarrotado de bandeirolas, troféus da copa do mundo e camisetas tudo para a frustrada homenagem ao jogador, coisa que até hoje não aconteceu.
A réplica do Allan
O Allan Miranda, que de bobo não tem nada, de pronto deu um belo troco no seu colega Kaskata ao dizer que erros acontecem e que o certo seria ele homenagear a pessoas que de fato moram na cidade e que tenham efetivamente feito ações em prol da mesma, esses, sim, merecem tais títulos, mesmos que sejam as mais humildes, e alfinetou lembrando a ocasião em que votou acertadamente contra a concessão de um título de cidadão benemérito ao seu colega Kaskata, que de certa forma teria articulado para ser auto-homenageado. Minha nossa, isso que é uma verdadeira egolatria, não é, amados leitores?
Estão acima de qualquer crítica
Pois é, meus queridos e amados leitores, pelo jeito os considerados representantes do povo se arvoram e agem como se fossem entes especiais de uma casta superior que em hipótese alguma podem ser questionados ou criticados por quem quer que seja. “Acima do bem e do mal” refere-se, no contexto filosófico de Friedrich Nietzsche, a uma superação das morais tradicionais. Que o diga uma certa ex-candidata a vereadora derrotada nas urnas na última eleição, e que foi guindada a um cargo na Secretaria da Saúde de Barueri que ousou fazer uma crítica aos “doutos e sacrossantos vereadores” de Barueri em uma mídia social. (risos discretos)
A coisa virou treta no portentoso Palácio
Pois é, senhoras e senhores que quero crer se deleitam com as narrativas desse velho escriba, o ambiente do Parlamento 26 de Março perdeu mais uma vez a sua vetustez e virou aquela já conhecida saudosa maloca, um quase cortiço do João Romão da obra de Aluísio Azevedo lá pelos idos de 1890. Baixou o nível, que se diga de passagem que nunca foi verdadeiramente dos mais altos, com as manifestações nada equilibradas por parte de alguns dos mui dignos representantes do povo.
O furdunço se iniciou com o Clayton da Saúde
O ziriguidum teve inicio na semana anterior à última e gloriosa sessão legislativa, quando o senhor vereador Clayton da Saúde, cujo nome de batismo é Clayton Silva e que ocupa o cargo de terceiro secretário da casa, desceu a lenha nos costados de um funcionário de nome Renato, da própria secretaria da Saúde do município que, segundo as suas palavras, age como um verdadeiro déspota, perseguindo e humilhando os seus subordinados, uma vez que cuida do setor de pessoal da secretaria. Na sua denúncia, o vereador denunciante fez questão de destacar que esse funcionário é filho do ex-vereador e ex-presidente da Câmara, o finado Cleuso de Oliveira. “Esse Renato não seguiu os passos do seu pai que era um grande sujeito, pois prejudica os funcionários com as suas articulações maléficas”, concluiu.
O vereador Thiago Rodrigues também criticou
No embalo das acusações sobre as atitudes do tal Renato, o vereador Thiago Rodrigues também sentou a pua dizendo que o mesmo não merece em hipótese alguma estar dentro do sistema, pois costuma agir como se a secretaria fosse uma coisa particular dele, dá tapinhas nas costas das pessoas e depois ferra com elas, dentre outras coisas piores. “Ele não tem o meu respeito, não tem a minha admiração”
Mas como nada é tão ruim que não possa piorar
Diante de tal situação, o vereador Clayton da Saúde pediu em despacho com o secretário um basta nas atitudes despóticas do Renato, filho do Cleuso, e isso ensejou uma certa política de nome Marianne Borges Tavelli, conhecida por uma parcela da população local como Mari Tavelli, que fez um vídeo que foi postado nas suas redes sociais, criticando aos “doutos” vereadores e, nas palavras do Cleyton, defendendo os erros do Renato, e dizendo que eles estavam usando seus cargos e a tribuna para destilarem o ódio. Em tempo, nunca é demais recordar que Mari Tavelli já foi candidata a cargos na cidade, mas não obteve nenhum sucesso até o presente momento.
Não sei nem o que ela faz
Pois foi isso mesmo que o nobre vereador Clayton da Saúde disse da hoje funcionária da Saúde, que antes era crítica feroz, especialmente do ex-prefeito Rubens Furlan e hoje ocupa uma boquinha no sistema. “Eu não sei o que ela faz, ela fica querendo defender quem está errado, pois isso não faz parte da alçada da mesma, especialmente quando fala que eles vereadores usam da tribuna para destilarem ódio contra o Furlan. Quem destilava ódio contra o Furlan era ela e ainda destacou a existência de vídeos onde a mesma soltava o seu veneno, chamando o ex-prefeito até de cara de pau”. Vixe Maria!
Por gentileza, fique na casinha
Muito indignado, o vereador Clayton da Saúde conclamou a Mari Tavelli, para que a mesma ficasse homiziada na casinha (fica na casinha, insistiu) e que “lavasse a boca” para assim poder falar dos parlamentares, que se pusesse no seu devido lugar e que respeitasse os mesmos. Ainda não satisfeito e bufando pelas ventas, o vereador disse com todas as letras que ia trazer óleo de peroba para esfregar na cara dela. “Se ponha no seu lugar”, finalizou o parlamentar.
No embalo o vereador Allan…
Diante da barafunda instituída, o vereador Allan Miranda, que não sei se os meus amados leitores se recordam também teve alguns arranca-rabos com essa personagem Mari Tavelli durante a última campanha eleitoral, aproveitou para dar umas estocadas verbais na mesma afirmando que ela não tem nenhuma legitimidade para ficar atacando quem quer que seja, especialmente aos ocupantes de cargos políticos. “Ela não merece toda essa moral, porque ela, sim, destilou todo seu ódio, e hoje está na barra da saia do poder. Ela não tem voz, não tem força, é uma pessoa frustrada eleitoralmente e teve apenas uns míseros votos.” Allan finalizou sua fala afirmando que vai procurar saber qual é exatamente a função que essa mulher exerce na secretaria da saúde, qual é o seu salário e também qual é o horário que a mesma trabalha. O que os senhores acham, é pouco ou querem mais?
Nessas alturas o Kaskata foi pra cima do Allan
Provavelmente com mágoas intestinas afloradas no calor daquelas profundas discussões, o vereador Kaskata saiu em defesa da Mari Tavelli dizendo que o que ela havia feito nem de longe se comparava com o que ele Allan Miranda teria feito com ele. Segundo as suas próprias palavras, em uma certa ocasião, o teria ferido profundamente com terríveis perfídias e chegando até mesmo a atirar rolos de papeis higiênico contra ele. (Kaskata não esclareceu se esses rolos já teriam sido usados. O grifo é nosso. Risos Discretos)
Allan Miranda respondeu de bate pronto
Já com o clima bastante deteriorado dentro do cortiço parlamentar. Opsss, quero dizer dentro do vetusto Parlamento 26 de Março, o nobre Allan fez questão de dizer com todas as letras que o seu colega Kaskata estava, sim, falando besteiras, que o mesmo estava com a memória bagunçada, que queria lacrar e recordou que o mesmo em certa ocasião numa espécie de ataque de fúria ou coisa que o valha chegou a destruir cadeiras na câmara. Minha Santa Biroqueta!
Você quer preservar o nome da Fulana?
E mais, Allan disse exatamente isso, referindo-se à defesa do ínclito e roufenho Kaskata à Mari Tavelli. “Você quer preservar o nome da fulana? Se ela é tão boa assim, leve-a para a sua casa, para o seu gabinete”, e finalizou conclamando ao mesmo que fosse estudar para posteriormente partir para um debate. Amados e fiéis leitores, o “baguio” endoidou, e foi tudo desse “jeitin”, que esse “old, porém ainda razoavelmente lúcido” escriba amante das letras está descrevendo sem tirar nem por.
Com o picadeiro já em labaredas infernais
Como diziam os mais idosos, que a alegria do palhaço é ver o circo pegando fogo, ninguém menos que o vereador Hélio Jr, surge impávido colosso e diante de todos joga mais gasolina no incêndio, para acusar o vereador Kaskata de não ter postura de vereador, de sempre interromper aos seus colegas de forma mal educada, destacando que o mesmo não tem um pingo de respeito, que esse tipo de atitude é uma vergonha, enfim, concluiu dizendo estar de acordo com as colocações do Allan Miranda e se recusou a citar o nome da Mari Tavelli, atribuindo-lhe o codinome, o apodo de “abençoada”, e concordou com tudo o que foi dito sobre o retrocitado Renato, que segundo as suas palavras nem de longe seguiu os passos de seu pai Cleuso de Oliveira.” (risos discretos)
O líder do prefeito passou um pano
Diferentemente do vereador Dimi, que sugeriu que a Mari Tavelli deveria ser sumariamente demitida do seu cargo e ainda reclamou daquilo que considerou ser uma falta de “corporativismo sic” dos seus pares, o vereador e líder do prefeito Keo Oliveira, de certa forma passou um pano para a moça alvo do tiroteio verbal, lembrando acertadamente que eles vereadores não são de forma alguma intocáveis, que a funcionária não tinha ali ninguém para defendê-la, e que não era de bom alvitre ficar expondo nomes de funcionários de maneira aleatória.
Afinal, políticos não são pessoas comuns?
Infelizmente, no Brasil existe a cultura de muitos políticos se acharem intocáveis e dessa forma abusam da imunidade parlamentar, extrapolam, se acham verdadeiros deuses e com isso, não obedecem às regras do jogo. Cometem crimes. Ameaçam as instituições democráticas e fazem tantas outras coisas sobejamente conhecidas por todos e infelizmente isso ocorre em assembleias legislativas, Senado, em prefeituras e câmaras municipais, mas isso tem que acabar, todos nós torcemos para que isso não se perpetue.
Que tal uma sessão de descarrego?
Em Barueri, do jeito que a coisa anda, seria interessante que houvesse uma sessão de descarrego para desanuviar os espíritos de porcos que insistem em atazanar o ambiente. Quem sabe se algum nobre não se proporia em trazer por exemplo num determinado dia o Silas Malasartes , o tal de padre Kelmon (padre de quadrilha de festa junina, segundo o presidente Lula), a finada Mãe Dináh, aquelas “ veinhas” com as suas bíblias ensebadas do dia 8 de janeiro, aquele moleque que se apresenta como pastor e que mais se parece com aquela menina incorporada pelo Pazuzu no filme o Exorcista, e também a cantora Alcione com a sua “macumbinha”, quem sabe assim a poeira baixaria um pouco. (risos discretos)
