quinta-feira, novembro 21, 2024
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Naja começa a celebrar 30 anos de rock com show

por: Redação

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O Naja, banda de rock de Barueri que está na estrada há mais tempo, começa celebração dos 30 anos de carreira com show neste domingo 

O Naja, a banda de rock barueriense que atua há mais tempo sem interrupção, começa a comemorar seus 30 anos de carreira no domingo (20/12) em grande estilo. O grupo estreia na casa de shows Nine, no Bethaville, lançando o primeiro dos quatro EPs (arquivo com até três músicas para ser baixado da internet) que resgatam o melhor da sua produção nessas três décadas. Depois, para marcar o aniversário, vai realizar ao longo de 2016 uma série de ações que incluem até o lançamento de uma cerveja. A festa toda deve culminar com um grande concerto em que o Naja vai dividir o palco com uma banda de ponta do cenário do rock nacional.

Depois do EP deste domingo, serão lançados mas outros três, um por mês, todos com duas faixas. Ao final, com acréscimo de mais duas músicas, será produzido um CD comemorativo, o sexto do Naja. “Fizemos uma seleção do que mais gostamos e demos uma nova roupagem”, explica Glauco Costa, vocal e guitarra. “Criamos novos arranjos, tem uma pegada diferente.”

naja4A banda nasceu em 1986 de um grupo que havia em Barueri e se desfez. Meio órfãos, Glauco e Gério Balieiro decidiram se manter juntos e iniciar um outro trabalho. Nascia o Naja. Trinta anos depois, a dupla, que nunca se separou, olha para trás, relembra outros parceiros que atuaram juntos, e começa a reescrever essa trajetória com o baixista Marcelo Bussadori, que está de volta.

“Nesse tempo todo, tivemos altos e baixos, momentos mais intensos, outros nem tanto, mas nunca paramos”, explica Gério. Agora, a banda inicia uma fase que promete ser bem mais produtiva, com apresentações frequentes e vários projetos em andamento. “O ano de 2016 vai ser bem cheio.”

No início, o Naja se inspirou nas grandes bandas nacionais de rock da época em que surgiu, como Paralamas, Titãs, Barão Vermelho, Camisa de Vênus e Lobão. Como não podia deixar de ser, mergulhou também no humor, com letras e temas escrachados, no melhor estilo Ultraje a Rigor. Muitas dessas músicas tornaram-se sucesso da banda. Mas, hoje, isso é passado. “Foi muito legal, mas o momento é outro”, explica Glauco. “Agora vamos focar nos temas mais sérios.”

Histórias da carreira

Ao rememorar os 30 anos de estrada que percorreram juntos, Glauco e Gério se lembram das várias formações da banda, das temporadas tocando em bares de Barueri e da região, dos melhores momentos e das grandes roubadas.

Um dia especial foi a inauguração do Instituto Tecnológico de Barueri (ITB), em 1991, quando a banda, então com cinco anos de vida, “estraçalhou” e o público veio junto, como conta Glauco. “Foi uma coisa inesquecível, nós fomos muito bem e conseguimos empolgar todo mundo, foi uma grande energia.”

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Outro momento épico aconteceu em 2006. O Naja foi convidado para tocar em São Mateus, zona leste de São Paulo. Quando chegaram ao local, a plateia vibrava com um grupo de rap. “Já achei que não era pra nós, a moçada curtia outro som”, lembra Gério. Eles pensaram em desistir quando uma banda de rock entrou na sequência e esfriou o público. “A gente tinha certeza que não ia dar certo, mas o sujeito que nos convidou insistiu pra ficarmos”, lembra Glauco. O resultado foi que a banda arrasou e levantou a plateia, que quase botou o palco abaixo.

Mas tem as roubadas também. Em 1990, levaram calote de um empresário que os levou para tocar em Lagoa Santa, Minas Gerais. O concerto foi ótimo, mas no fim eles receberam a notícia de que não iam receber porque a bilheteria não pagou nem as despesas. “De repente, a gente estava completamente duro a 600 quilômetros de casa”, conta Gério. “Conseguimos alguma grana e comida tocando num barzinho da cidade e passamos o resto do tempo comendo pão com Coca-Cola até chegar em Barueri.”

A dupla lembra com bom humor de situações inesperadas. Como em 1990, quando foram tocar em São Lourenço, também em Minas, e lá souberam que o show estava dentro de um concurso de lambada e que eles é que iam fazer a trilha sonora dos dançarinos. “Tivemos que tocar lambada durante umas duas horas”, conta Glauco. “Teve uma hora que a gente começou a tocar uma do Sidney Magal, que era tema da novela da época, e esticamos o quanto pudemos, nem sei quantas vezes repetimos sem parar”, completa Gério.

E ainda no comecinho da carreira, em 1988, eles foram procurados por um músico que iria animar um comício na eleição para prefeito em Jandira. “Toda grana era bem-vinda, mas depois que aceitamos é que descobrimos que o cara tocava sertanejo”, diz Gério. “Mas fomos lá, metemos a cara e fizemos a nossa parte.”

É um pouco dessa história que começa a ser recontada no domingo no Nine Bar. Além do Naja, vai se apresentar também outra banda de Barueri, a Oeste Suez.

Naja e Oeste Suez

Nine Bar (Avenida Trindade, 550, Bethaville, atrás do ginásio José Correa)

Domingo, 20/12, a partir das 18 horas

Entrada: R$ 15

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