Morador de Barueri desde 1956, foi figura pública importante, comerciante e taxista
Morreu na noite de segunda-feira, 16/7, o ex-vereador barueriense Masari Fujita. Ele tinha 82 anos e vinha fazendo hemodiálise, em razão de um problema renal. Seu sepultamento estava previsto para as 16h30 da terça-feira, 17/7. Ele foi taxista no centro da cidade durante muitos anos e ficou conhecido por ter criado o sorvete cremoso de coco, que acabou levando seu nome.
A família Fujita mudou-se de Araçatuba para Santana de Parnaíba nos anos 1940 e se estabeleceu no Sítio do Morro, na região da atual Aldeia da Serra. Ali, produzia legumes e verduras que eram vendidos nas feiras de Barueri. Quando os irmãos Moto e Masari se tornaram adultos, em 1956, mudaram-se para o centro da cidade.
Moto acabaria se mudando para o Jardim Silveira, onde se tornou importante figura pública do bairro. Já Masari estabeleceu-se na região central, onde instalou uma lanchonete, bar e sorveteria na esquina do largo São João Batista com a rua D. Pedro II, onde hoje está o terminal de ônibus.
Os dois eram muito populares por ajudar os vizinhos e amigos, especialmente quando precisavam de transporte em situações de emergência. Seus sobrenomes tinham uma pequena diferença: Moto Fuzita e Masari Fujita.
Apesar de manter o estabelecimento comercial com a esposa, carinhosamente chamada de Dona Teresa, Masari gostava mesmo era de ser motorista de táxi, profissão que desempenhou durante muito tempo e que permitiu que se tornasse muito conhecido, a ponto de ser eleito vereador em 1972, para exercer o mandato de 1973 a 1977. Nessa legislatura, ele conviveu na câmara com o irmão Moto, que foi vereador de 1969 e 1977.
O sorvete famoso
Masari Fujita foi o criador do famoso sorvete cremoso, com leite condensado e raspas de coco, que é vendido até hoje no estabelecimento da família na 26 de Março, na altura do Bulevar, para onde a sorveteria foi transferida quando o largo São João Batista foi reformado.
Apesar de ter inventado a delícia, ele não gostava de fabricá-lo e preferia mesmo trabalhar como taxista. Quem se incumbia de produzir o sorvete era Dona Teresa, com a ajuda dos filhos, mas o marido foi quem ficou com a fama, pois a principal atração da casa ficou conhecida como o “sorvete do Fujita”.
A invenção ganhou tanta fama que pessoas de outras cidades vinham prová-lo. Por causa dele, surgiu até um ditado que era muito repetido: “Se foi a Barueri e não tomou o sorvete do Fujita, então não foi a Barueri”.
Masari Fujita deixa viúva, um casal de filhos e quatro netos.