Numa das sessões mais longas do ano, vereadores de Barueri passaram mais de seis horas trocando elogios e fazendo agradecimentos
A sessão da câmara desta terça-feira, 13/12, que foi a última do ano e da atual legislatura, foi a despedida dos dez vereadores que não conseguiram se reeleger em outubro. Por isso, os legisladores de Barueri passaram mais de seis horas se elogiando mutuamente e distribuindo agradecimentos a familiares, funcionários da câmara e políticos em geral. Ao mesmo tempo, não faltaram música, lágrimas e queixas de traição.
Logo no início dos trabalhos, o presidente Carlinhos do Açougue cedeu sua cadeira para Tarzã comandar parte da sessão, como forma de homenageá-lo pelos mais de 40 anos de vida pública que estava se encerrando, já que o vereador da Aldeia foi derrotado na eleição e anunciou que não pretende mais voltar a disputar uma vaga na câmara.
Neste momento, o clima ainda era de descontração. Como presidente, Tarzã deu uma bronca em Jânio, que estava assobiando. Para surpresa geral, Jânio foi defendido por Saulo Goes, normalmente seu desafeto nos debates. Ao devolver a presidência a Carlinhos, Tarzã foi aplaudido pelos colegas e pelo público.
Na fase das explicações pessoais, quando os vereadores sobem à tribuna para se manifestar livremente, o primeiro a falar foi Jailson Silva, assessor de Junior Munhoz, que está de licença há mais de um ano por motivos de saúde. Emocionado, ele fez um balanço dos trabalhos da equipe durante a gestão.
O momento mais intenso do dia foi quando um grupo de cerca de 40 parentes e amigos de Miguel de Lima, uniformizado com camisetas com a foto do vereador, cantou a música Verdade Chinesa para homenageá-lo, ao som de um trompete ao vivo. Miguel prestou conta de seus oito anos de mandato e voltou a denunciar duas pessoas que, segundo ele, trabalharam na eleição exclusivamente para impedir sua vitória. Ao final, também cantou a canção.
Durante as falas, repetiam-se os agradecimentos, inclusive a políticos antes criticados, e muitas lágrimas. Zetti Bombeirinho precisou interromper seu discurso várias vezes com a voz embargada. Quem mais se manifestou durante toda a sessão, no entanto, foram Zé Baiano e Jânio Gonçalves, que fizeram interferências em quase todos os momentos. Jânio, inclusive, próximo do final da sessão, cantou Naquela Mesa em homenagem a Tarzã.
Os dez vereadores que não conseguiram se reeleger foram Saulo Goes, Dr. Antonio e Junior Munhoz, que não disputaram cadeira na câmara, e Bau, Bidu, Jô, Maria Evangelista, Zetti Bombeirinho, Tarzã e Miguel de Lima.
Conseguiram se reeleger Carlinhos do Açougue, José de Mello, Fabião, Toninho Furlan, Zé Baiano, Kascata, Sérgio Baganha, Robertinho, Jânio, Chico Vilella e Silvio Macedo.
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