Carlos Edmilson da Silva foi preso em 10/3/2012, após ser identificado erroneamente como o autor de dez crimes de estupro acontecidos em Barueri e Osasco
Após permanecer preso injustamente durante 12 anos pelo crime de estupro, um homem negro foi solto da penitenciária de Itaí, no interior de São Paulo, na quinta-feira, 16/5, pela Justiça.
Carlos Edmilson da Silva foi preso pela Polícia Civil de Barueri, em 10/3/2012, após ser identificado erroneamente como o autor de dez crimes de estupro acontecidos em Barueri e Osasco.
Os crimes contra mulheres atribuídos a Carlos, que foram revisados e anulados, são os seguintes: no ano de 2010, em Osasco, no dia 28/12; em 2011, nos dias 5/9, 8/10, 23/11 e 14/12 em Osasco, 2/12 e 11/12 em Barueri; em 2012, 20/2, 2/3 e 3/3, em Barueri.
O homem, que trabalhava como jardineiro e tinha 24 anos à época da prisão, negou a autoria dos crimes, porém foi reconhecido por foto e presencialmente pelas vítimas na delegacia, sendo julgado e condenado à pena de 137 anos, 9 meses e 28 dias de prisão em regime fechado pela suposta autoria dos estupros.
Anos depois, após ser submetido a exames de DNA da Superintendência da Polícia Técnico-Científica, o verdadeiro autor dos crimes foi identificado.
Conforme apontado pela investigação realizada pelo Núcleo de Biologia e Bioquímica do Instituto de Criminalística, o autor dos crimes foi identificado como José Reginaldo dos Santos Neres. O verdadeiro criminoso cumpria pena por roubos, na mesma prisão em que Carlos estava.
O material genético de José Reginaldo foi encontrado em cinco das vítimas, já que as outras não quiseram se submeter ao exame.Carlos deixou a penitenciária na tarde de quinta-feira, 15/5, recepcionado por sua mãe, Ana Maria da Silva.