Cerca de mil pessoas tomaram rodovia na manhã de sexta em protesto contra reformas trabalhista e da Previdência
Um grupo de cerca de mil manifestantes ocupou por aproximadamente duas horas na manhã desta sexta-feira, 28/4, as pistas da rodovia Castelo Branco entre o trevo de Barueri e a passarela ao lado da base da Polícia Rodoviária. O ato fez parte da greve geral marcada para protestar contra as reformas trabalhista e da Previdência promovidas pelo governo federal e foi convocado por grupos de servidores municipais e pelos sindicatos de funcionários públicos, professores, vigilantes e químicos.
A concentração dos manifestantes começou por volta das 8 horas diante do Paço Municipal, onde houve discursos de líderes sindicais e funcionários públicos. Por volta das 10 horas, uma passeata partiu do local na direção da Castelo Branco, subindo pela avenida Tancredo Neves.
Na rodovia, houve negociação entre as pessoas que participavam da marcha, representadas pelo professor Jeba, e a Polícia Militar, que era comandada pela capitã Sandra. Foi feito um acordo para que ao menos uma faixa de tráfego fosse mantida liberada de forma a não impedir totalmente o tráfego. Policiais militares e rodoviários fizeram o controle de trânsito e de proteção aos participantes. No começo da manhã, a concessionária CCR havia divulgado nota afirmando que havia obtido uma liminar que proibia eventos na rodovia.
A multidão fechou inicialmente as pistas no sentido de São Paulo. Depois, orientados pela polícia, os manifestantes atravessaram a passarela do km 26 e marcharam no sentido do interior até o trevo principal de Barueri, de onde caminharam para o centro. A movimentação terminou por volta do meio-dia. Durante a tarde, estava prevista a ida de delegações de Barueri para os atos marcados para São Paulo.
Apesar de terem ajudado na convocação e organização da manifestação, as lideranças sindicais não acompanharam a passeata na direção da Castelo Branco nem participaram da ocupação da estrada. O carro de som que deu apoio ao ato diante da prefeitura também não acompanhou os manifestantes.
Os primeiros sinais da greve na cidade partiram das garagens das empresas Benfica e Ralip. Orientados pelo sindicato da categoria, motoristas e cobradores não saíram às ruas. Apenas parte dos ônibus que fazem as linhas intermunicipais circularam. A estação Barueri da CPTM permaneceu fechada durante todo o período da manhã.
No centro, apenas parte dos bares e lanchonetes abriram. A maioria das lojas permaneceu fechada até próximo das 10 horas, quando alguns estabelecimentos abriram as portas. Ainda assim, nem todo o comércio funcionou na região central.