Dra. Claudia, Tânia Gianelli e Leandrinho Dantas reuniram-se com comissão de pais e mães e elaboraram ata com as reivindicações dos familiares
Mesmo depois de informados sobre o cancelamento da reunião que teriam com Luiz Antonio Ribeiro, superintendente da Fundação Instituto de Educação de Barueri (Fieb) para esclarecimentos sobre o kit pedagógico adotado pela instituição, cerca de 120 pais de alunos se dirigiram, em protesto, para a frente da Câmara Municipal, onde deveria ocorrer o encontro na noite desta segunda-feira, 14/2.
A reunião havia sido agendada na terça-feira da semana passada, na presença dos vereadores baruerienses, e teria por objetivo esclarecer as dúvidas dos familiares, em especial no que diz respeito aos altos preços do material didático.
Na manhã de segunda-feira, sem nenhuma explicação, o encontro foi desmarcado pelo presidente da Câmara, Toninho Furlan que, em nota, afirmou que esclarecimentos deveriam ser cobrados da própria Fieb.
Durante o dia, os pais tentaram informações sobre os motivos do cancelamento, mas não obtiveram resposta da fundação. Durante a tarde, vereadores que se disseram surpresos com a atitude se reuniram e decidiram também não comparecer. A vereadora Tânia Gianeli divulgou nota repudiando o ato do superintendente e cobrando atitude de seus pares de vereança. Ao mesmo tempo, os familiares dos alunos decidiram manter sua ida à Câmara no horário combinado, 19 horas.
“Demos com a cara na porta”, explica uma das mães que estiveram no local. “Sabíamos disso, mas quisemos deixar claro que se não estava havendo diálogo, não era por nossa causa”, afirmou um pai.
A maioria dos vereadores, realmente, não compareceu. Estiveram presentes apenas três: Tânia Gianeli, Dra. Cláudia e Leandrinho Dantas. Eles se reuniram no gabinete de Dra. Cláudia com uma comissão formada por pais e mães de alunos.
Durante a conversa, os pais reafirmaram seus pontos de vista. Destacaram, principalmente, a questão dos altos custos do kit pedagógico exigido pela Fieb. “Não queremos discutir soluções individuais”, afirmou uma mãe. “Queremos uma solução coletiva, que valha pra todos”, disse. “Ou todo mundo, ou ninguém”, insistiu outra mãe. “Alguns de nós estão se comprometendo financeiramente além do que podemos”, contou um pai.
Os familiares questionaram ainda a falta de planejamento para a aquisição e implantação do material. “Os professores nem foram treinados para utilizar o sistema”, explicou um pai. “Não há computadores na Fieb suficientes para todos os alunos e muitos estudantes nem têm computador disponível em casa para realizar as tarefas”, completou uma mãe.
A comissão esclareceu os vereadores também sobre outros pontos, como: irregularidades fiscais encontradas na emissão das notas de compra de itens; venda casada sem possibilidade de procura por preços melhores; livros comprados na Fieb custarem até o dobro do valor das livrarias; e o fato de a mesma plataforma exigida pela Fieb e ser cobrada estar disponível gratuitamente na internet.
Os pais pediram aos vereadores um esforço pela sua causa e solicitaram que interferissem diante do prefeito Rubens Furlan, já que o superintendente, de acordo com eles, não demonstra nenhuma vontade de dialogar ou resolver o problema. Para isso, foi elaborada uma ata com os pontos discutidos na reunião e as questões que devem ser tornadas públicas.