Passageiros tiveram que caminhar pelos trilhos. Episódio prejudicou a circulação em pleno horário de pico. Empresa tinha registrado outro problema de manhã
Um trem da via 8-Diamante da ViaMobilidade descarrilou por volta das 16 horas nesta segunda-feira quando chegava à estação Lapa no sentido de Itapevi. O acidente interrompeu o tráfego entre Lapa e Barra Funda e a empresa acionou o Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) para atender aos usuários.
Ninguém ficou ferido, mas os passageiros do trem acidentado tiveram que deixar os vagões e caminhar pelos trilhos até a Lapa. A empresa não divulgou as possíveis causas do descarrilamento. “A ViaMobilidade se desculpa pelo ocorrido e os técnicos estão apurando as causas”, afirmou a concessionária em comunicado.
O acidente prejudicou a circulação de toda a linha, até Itapevi. Além do Paese, a empresa orientou os usuários a optar por outras soluções para pode seguir seus itinerários. Uma delas era embarcar na Barra Funda num trem da linha 7-Rubi e descer na Lapa para seguir viagem. Outra era utilizar a linha 4-Amarela do Metrô e a linha 9-Esmeralda para fazer a conexão com Presidente Altino ou Osasco.
Pela manhã, já havia ocorrido um problema de sinalização que prejudicou o tráfego na linha 9-Esmeralda e causou superlotação de trens, acúmulo de gente nas plataformas, longas paradas nas estações e maior intervalo entre um trem e outro.
O s dois episódios da segunda-feira se somam aos frequentes problemas que o sistema vem apresentando desde o início do ano passado, quando a operação das linhas 8 e 9 passou da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para a ViaMobilidade. Pesquisas de satisfação realizadas nesse período concluem que os passageiros consideram que o serviço piorou muito desde a privatização do sistema.
O acúmulo de problemas levou o Ministério Público a pedir a rescisão do contrato de concessão das linhas. A ViaMobilidade já recebeu multas por problemas na operação das linhas que somam mais de R$ 10 milhões. A promotoria diz ter provas suficientes para pedir na Justiça a suspensão do contrato.