sábado, julho 27, 2024
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Ediorial: Reflexos da desistência de Gil Arantes

por: Redação

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O anúncio feito pelo prefeito Gil Arantes, de que não vai disputar a reeleição em outubro, alvoroçou o meio político barueriense e deixou várias questões para reflexão

Gil alegou problemas de saúde e necessidade de maior convívio familiar para tomar a decisão.

São questões relevantes e que devem ser respeitadas. Mas, certamente o prefeito levou em conta outros fatores. Um deles é a deterioração crescente da aprovação popular a seu governo. A cada dia que passa, o prefeito vê mais distante a possibilidade de uma reversão do quadro eleitoral. É o que indicam todas as pesquisas encomendadas pelas mais diferentes fontes.

Uma das primeiras revelações da ação de Gil é a de que não havia um grupo político liderado por ele, mas uma multidão de gente movida por seus interesses próprios pendurada no prestígio e no cargo do líder. Com a saída do chefe, tudo desmoronou e tornou-se uma corrida pela salvação pessoal.

Um sinal disso é o comportamento dos eventuais candidatos a prefeito dentre aqueles que estavam sob o guarda-chuva do prefeito. Não há esforço pela unidade, por uma proposta conjunta de estratégia eleitoral ou de governo. Ao contrário, já surgiram as primeiras declarações de candidatura sem qualquer debate ou consulta.

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Outro fator importante é que a desistência de Gil devolve Barueri ao antigo monopólio político. Nos últimos anos, a cidade viveu um inusitado quadro de divisão política, com situação e oposição ocupando seus espaços.

Assim deve ser o regime democrático, o do debate e do contraditório, em que ideias são apresentadas, defendidas e criticadas no sentido de aprimorar a sociedade. Onde não há discordância, prevalece a estagnação.

Mas, infelizmente, com o desmoronamento do grupo de Gil, com suas virtudes e defeitos, voltamos ao regime da hegemonia que tanto mal fez à cidade durante 30 anos. Repita-se: não existe verdadeira democracia onde não há debate nem alternância no poder. E esse não é um problema de quem detém a força, pois está no seu papel, mas da própria sociedade e da classe política. Cabe a eles oferecer saídas para esse trágico labirinto.

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