Dos 71 mortos este ano, 55 eram do Estado. A Grande São Paulo é uma das áreas de concentração. Barueri tem dois casos suspeitos
O Estado de São Paulo lidera o ranking de mortes por gripe H1N1 neste ano com 77,4% dos casos. Foram 55 registros em municípios paulistas de um total de 71 no país. Ontem, a prefeitura de Barueri informou que duas mulheres com suspeita de terem contraído o vírus morreram no PS central (Sameb). Eram moradoras de Carapicuíba, uma com 49 anos e uma gestante com 39.
A Grande São Paulo é uma das duas regiões onde estão concentrados os casos de morte pela doença. Por isso, a vacinação nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que tem o início previsto para 30 de abril em todo o Brasil, na Região Metropolitana começará na próxima segunda-feira, dia 11, para idosos, gestantes e crianças com menos de dois anos de idade.
Até lá, a alternativa para quem não quer esperar são as clínicas particulares, onde há grandes filas porque os lotes não estão dando conta de atender a todas as pessoas que procuram a vacinação. A espera em alguns locais chega a ser de cinco horas. O preço da dose varia de R$ 120 a R$ 200. Ontem, começaram a ser imunizados os profissionais da área de saúde da Grande São Paulo. Este trabalho vai até sexta-feira, dia 8.
Demora para vacinar
Especialistas em epidemiologia criticam a demora das autoridades de saúde do governo paulista em pedir ao governo federal a antecipação da vacinação para os grupos mais sensíveis. Segundo médicos sanitaristas, desde novembro percebia-se uma incidência de casos maior do que o habitual.
Segundo o boletim do ministério, a idade média dos mortos por H1N1 este ano é de 51 anos. Das 71 pessoas que morreram, 53 (74,6%) apresentaram pelo menos um fator de risco, sendo os mais frequentes idosos, diabéticos e pacientes de doenças cardiovasculares.
Outro aspecto importante é que 56 dos mortos (78,8%), começaram a se tratar com antivirais numa média de seis dias após os primeiros sintomas. A recomendação é que o tratamento comece nas primeiras 48 horas. Por isso, as autoridades médicas pedem atenção a qualquer manifestação de gripe, em especial em pessoas que fazem parte dos grupos de risco.
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A H1N1 é uma gripe que tem os mesmos sintomas da gripe comum, porém mais intensos. Ela costuma aparecer durante o inverno, por isso o início da campanha nacional de vacinação estava marcado para 30 de abril, mas este ano houve uma antecipação.
Grupos de risco
Os grupos de risco são: maiores de 60 anos, diabéticos, pacientes de doença cardiovascular crônica, obesos, pessoas com imunodeficiência ou imunodepressão, pacientes de doença neurológica crônica, pacientes renais crônicos, gestantes, pacientes de doença hepática crônica, crianças menores de dois anos, pessoas com Síndrome de Down e mulheres no puerpério (até 42 dias do parto).
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