Secretaria de Segurança afirma que o patrulhamento foi intensificado
Os moradores e comerciantes da rua Duque de Caxias, no centro de Barueri, estão assustados com a crescente onda de assaltos e furtos. São relatados casos de roubo às pessoas e lojas, alguns em plena luz do dia. As reclamações vão de falta de policiamento à má iluminação e deixam transparecer uma sensação de total insegurança. Durante a noite o local torna-se ermo e perigoso para os transeuntes.
O Barueri na Rede conversou com vários moradores e lojistas que relataram sua insegurança. “Um dia desses, estava fechando minha loja quando percebi que um bandido tinha invadido o quintal do vizinho da frente e mexia no carro, quando percebeu que tinha sido visto, fugiu”, diz um comerciante que não quis se identificar.
No domingo, dia 25/3, Junior, morador antigo do local, estava retornando do evento Pedalada da Hora quando foi abordado por dois homens armados. “Nem sei de onde apareceram. Vieram por trás, colocaram a arma no meu rosto e disseram para não me virar. Levaram minha bicicleta, carteira com documentos, celular, chaves e mais o dinheiro que levava comigo”, lamentou. Junior perdeu um primo que foi sequestrado na própria Duque de Caxias, anos atrás, e morto em outro local. “Um deles dizia ‘atira nele’, pensei que fosse morrer”, lembra.
Dois dias antes, a Casa Lisboa, de comércio de produtos ortopédicos, foi assalta por volta das 12h30. Um rapaz entrou na loja e sem apresentar armas aparentes, anunciou o assalto e levou todo o dinheiro do caixa. “Essa rua é muito deserta, a guarda não passa” disse a proprietária Isabel. Perguntada se havia feito queixa à polícia, ela diz que só comunicou a GCM. “Eles me atenderam muito bem, pegaram imagens das câmeras, tentaram localizar e deram retorno depois”, elogia.
Já o comerciante Didi, do salão de beleza Atuarte, afirma que lá nunca aconteceu nada, mas que com o antigo proprietário, sim. “Botei câmeras e o atendimento é feito somente a portas fechadas”. Segundo ele, as pessoas assaltadas deveriam fazer um boletim de ocorrência para que o crescimento do número de casos ficasse registrado. “Ninguém faz B.O. e aí os crimes não são apurados e nem melhora o policiamento”, disse ao BnR.
Mais acima, na esquina com a rua Dolores Cretti, Fran, proprietária da Mercearia Thiago, disse que se safou por pouco de um assalto. “Estava na porta da loja quando percebi que um rapaz com o capuz abaixado e atitude suspeita vinha na minha direção. Quando percebeu que eu não estava só, desviou e foi se encontrar com outros dois que estavam do outro lado da rua”. Após a suspeita, uma vizinha que cruzou com os rapazes lhe disse “então era de você que os caras estavam falando… disseram que ‘agora não dava porque tinha um cara junto’”. Fran comunicou à GCM. Mas, as buscas não deram em nada.
Outro comerciante disse que o ponto preferencial para assaltos aos pedestres é próximo à Floricultura Ézio, pois é fácil fugir pelo rua Napoleão Berzarghi. Segundo ele, duas meninas teriam sido assaltadas no mês de março.
Várias das pessoas contatadas atribuem os crimes à falta de patrulhamento e monitoração por câmeras, à má iluminação e ao fato de a rua ser pouco movimentada em determinados períodos, principalmente, à noite.
O Barueri na Rede entrou em contato com a Secretaria de Segurança, via Secom, questionando a segurança da via e foi informado que o patrulhamento já foi intensificado: