Cristilder foi sentenciado por júri popular nessa sexta-feira, 2/3 e não vai poder recorrer em liberdade
O cabo Victor Cristilder Silva dos Santos, policial militar apontado como um dos autores da chacina ocorrida em 13 de agosto de 2015, em Osasco e Barueri, foi submetido à júri popular e condenado a 119 anos, 4 meses e 4 dias de prisão por participação em 12 homicídios consumados e outros quatro tentados.
O julgamento do policial militar começou na última terça-feira, 27/2 e depois de três dias, o júri, composto por jurados sete pessoas – quatro homens e três mulheres. Recaíram sobre Cristilder a co-participação do que ficou conhecida como a maior chacina ocorrida no estado.
O PM foi alvo de investigações por estar em alguns dos locais de crime e de ter organizado os ataques do dia 13 de agosto de 2015. Ao todo, 23 pessoas foram mortas a tiros em Osasco, Carapicuíba, Barueri e Itapevi, entre os dias 8 e 13 de agosto daquele ano.
O Conselho de Sentença decidiu que Cristilder foi culpado de doze assassinatos e quatro tentativas de homicídio e entenderam que a chacina aconteceu por vingança pelas mortes de um policial militar e de um guarda civil, registradas poucos dias antes, e que o réu usou recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.
Para o promotor Marcelo de Oliveira, a condenação do policial fez justiça. “Foi o resultado que eu esperava porque ele foi lógico, coerente com o julgamento anterior e foi extremamente justo. O resultado demonstra intransigência por parte do Ministério Público (MP) com relação aos direitos humanos”, declarou à imprensa logo depois de lida a sentença.
Já o advogado de Victor Cristilder, João Carlos Campanini, declarou que o resultado do julgamento foi incoerente. “Os jurados o absolveram sobre existir uma organização ou uma quadrilha. Entendi que não houve coerência porque ele era acusado de liderar essa organização. Infelizmente, injustiça”.
A defesa afirmou que vai recorrer da condenação de Cristilder.