Problema de refluxo dura há dois meses. Trabalhos para solucionar o caso devem ser concluídos em 15 dias
Há dois meses, moradores da rua Olga, no Parque dos Camargos, precisam lidar com o esgoto invadindo suas casas. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) já foi acionada diversas vezes, segundo os munícipes afetados.
“Há dois meses que a gente sofre com esse problema com a Sabesp. Não aguentamos mais”, desabafa Vânia Aparecida de Sousa ao Barueri na Rede. “Tenho que entrar pelo quintal da minha vizinha com uma escada, para poder pegar alguma coisa na minha casa”, afirma. “Passamos o Natal no meio do esgoto. Com a chuva, o esgoto transbordou”, lamenta.
“Ficamos com água de esgoto até o joelho, abandonamos a casa e retiramos uma pessoa doente, que sofre de mielofibrose”, conta a moradora. “Estamos vivendo no esgoto, o meu quintal está com um mar de cocô e ninguém resolve a situação”, completa. Vânia explica que a Sabesp detectou o problema no dia 20/12, mas que nada foi feito.
O BnR procurou a Sabesp, que esclareceu que o caso de refluxo de esgoto é “decorrente de problemas no coletor tronco que atende a região”, que já foram tomadas “medidas emergenciais para desobstrução da tubulação, mas uma solução definitiva depende da conclusão de intervenção de maior complexidade”.
A Sabesp ainda informa que os trabalhos para solucionar o problema estão em curso e devem ser concluídos dentro de 15 dias, e que uma equipe vistoriou os imóveis mencionados para “avaliação de sinistros e possível indenização a seus moradores”.
Boa tarde aos leitores do BnR,
Durante as chuvas de verão, onde ocorrem um aumento pluviométrico concentrado são registrados pelos órgãos públicos um crescente número de alagamentos a edificações devido ao refluxo da rede coletora de esgoto. Todavia, este tipo de ocorrência, geralmente, não são de causas naturais, mais sim, provenientes por falhas construtivas. Durante a execução da obra, o construtor, pelo desconhecimento ou simplesmente como uma medida econômica, liga a instalação da rede de captação de águas pluviais à rede de esgoto (isto ocorre, principalmente, por falta de acompanhamento técnico por um profissional habitado), esta ação causa uma sobrecarga no sistema de escoamento de esgoto da rede pública (SABESP), proporcionando sua obstrução por detritos sólidos e impedimento do escoamento eficaz dos resíduos, isto ocorre devido o diâmetro da tubulação utilizada na rede de esgoto ser muito inferior comparado a rede pública de águas pluviais, gerando impactos financeiros ao setor público e transtorno a população.
Para minimizar este impacto, há necessidade de que os proprietários dos imóveis se certifiquem que a instalação de águas pluviais foram executados em conformidade com a legislação vigente e, caso não esteja, providenciar a correção necessária. Aos imóveis afetados pelo refluxo do sistema de esgoto, como medida preventiva, podem instalar (na saída da rede de esgoto para a rede pública) a válvula antirrefluxo.
Cabe ressaltar que, o contato com águas contaminadas devem ser evitadas e caso não seja possível, devem procurar um posto de posto de saúde.