São cerca de 50 médicos nessa situação. Há profissionais que precisam receber até R$ 50 mil
Médicos do Pronto Socorro Central (Sameb) estão há três meses sem receber por plantões extras. São cerca de 50 profissionais com valores atrasados, alguns precisam receber até R$ 50 mil. A reportagem é da colunista Mônica Bergamo da Folha de S. Paulo.
De acordo com a prefeitura, os plantões extras atrasados seriam débitos da Organização Social (OS) Instituto Gerir, empresa terceirizada que assumiu a gestão do Sameb e do PS Infantil no ano passado e teve o fim do contrato em setembro passado (leia aqui). À Folha, a prefeitura informou que a administração municipal fez os repasses para a empresa.
Na última semana, o Barueri na Rede publicou reportagem (relembre) sobre o caos do Sameb após saída da OS. Uma das queixas era justamente o não pagamento de salários aos médicos pelo Instituto Gerir nos últimos meses.
Esse tipo de contrato com OS prevê que a prefeitura é solidária nas contratações, isto é, as dívidas podem recair sobre o município, assim como ocorreu quando o Instituto Hygia deixou o Hospital Municipal (HMB), em 2017. Na época, o cálculo era que os débitos trabalhistas superassem os R$ 40 milhões.
Com a saída do Instituto Gerir, foi aberto novo processo de licitação, vencido pela Santa Casa de São Bernardo do Campo. Porém, por questões legais, o resultado foi impugnado e a Santa Casa não pôde assumir. Em caráter emergencial, a prefeitura contratou o Instituto Diretrizes, que administra o PS do Parque Imperial, por até 180 dias.