Na maternal Leonardo Augusto, do Jardim Paraíso, pais, funcionários e alunos estão aprendendo Libras para acolhimento de aluno
Por Ingrid Miranda
Nesta quarta-feira, 24/4, é comemorado o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Nas maternais da cidade, alunos surdos ou com baixa audição já recebem a orientação de intérpretes de Libras. Mas, na maternal Leonardo Augusto, no Jardim Paraíso, além dos alunos, os pais, colegas de turma e funcionários estão recebendo aulas e orientações por meio de professores intérpretes.
Carlos Eduardo, de três anos, estuda na Leonardo Augusto e a escola que teve a iniciativa de expandir o aprendizado de Libras para todos devido a seu. Sua mãe, Mariana Lemes, conta como era o desemprenho do filho na escola antes das aulas de linguagem de sinais. “Ele foi diagnosticado com perda profunda da audição desde o nascimento. Com um ano, chegou a receber apoio de uma intérprete em outra maternal da cidade, mas, como as escolas estavam em processo de terceirização, a orientação profissional não continuou”, conta ela ao Barueri na Rede.
Segundo Mariana, quando Carlos Eduardo não conseguia se comunicar na escola, ele mordia e algumas vezes até batia nos amiguinhos, por não conseguir expressar o que queria naquele momento. Quando foi encaminhado para a maternal do Jardim Paraíso, a comunicação dele com a família e amigos começou a melhorar. “Fomos apresentados à professora Janaina Soares, que começou a ensinar Libras não somente ao meu filho, mas a mim e aos pais interessados, professores, funcionários e ao restante da turma”, relata a mãe.
De acordo com a Secretaria de Educação, hoje dez maternais contam com o apoio de professores intérpretes especialmente aos alunos surdos ou com baixa audição. Porém, a escola do Jardim Paraíso é primeira a ampliar a linguagem de sinais para todos. Por meio de brincadeiras, músicas e atividades pedagógicas, os alunos e funcionários estão aprendendo a se comunicar com Carlos Eduardo na escola.
“Hoje posso dizer que a comunicação do Carlos mudou completamente”, explica Mariana. “Em casa ele consegue se comunicar muito melhor com a família, e principalmente com o irmão, que tinha dificuldades em lidar com ele e hoje quer aprender novos sinais para brincar junto.”
“Eu, enquanto mãe, se pudesse falar com outras mães de crianças surdas diria para estimularem cada vez mais, e o mais rápido possível seus filhos. Desde pequenos comecem a treiná-los para que saibam se expressar, além de ressaltar o quanto as mãozinhas deles são mágicas, e que com elas, eles podem, sim, falar com a família, amigos e conviver na sociedade em geral”, afirma Mariana.