Vinte dias depois, avenidas Henriqueta M. Guerra e 26 de Março voltam a encher. Entre os ilhados, a equipe de bocha paraolímpica de Barueri
As chuvas desta quinta-feira (10/3), que caíram durante quase todo o dia, voltaram a alagar parte da região central de Barueri e do Jardim São Pedro.
A partir das 19 horas, a avenida Henriqueta Mendes Guerra ficou sob as águas desde a região do Ganha Tempo até a entrada do Jardim Belval. A avenida 26 de Março alagou em vários trechos não contínuos. As três travessas do São Pedro que desembocam na Henriqueta também ficaram sob as águas.
A Emef Elvira Lefevre Salles Nemer foi cercada pelo alagamento. Um grupo de cerca de 20 alunos do cursinho e quatro membros da equipe de bocha paraolímpica de Barueri, que treinam ali, ficaram ilhados. A poucos passos do local, fiéis da Igreja da Paz também não conseguiam sair. Ao lado do Elvira, na Secretaria do Meio Ambiente, funcionários disseram que a água estava na altura dos joelhos.
Menos de um mês atrás, em 21 de fevereiro, a mesma região ficou sob as águas. Segundo moradores, comerciantes e frequentadores da área, os alagamentos são frequentes naquele trecho.
Ilhados
Os quatro cadeirantes que treinam bocha no Elvira só perceberam o que estava acontecendo por volta de 22 horas, quando o treino terminou. Eles se deram conta, então, de que não tinham como sair do local.
Por volta desse horário, o Barueri na Rede procurou a Defesa Civil e foi informado que não era possível resgatar as pessoas porque a água estava muito alta e, além dos cadeirantes, havia idosos na igreja vizinha.
Com o passar do tempo, os estudantes foram se aventurando na enchente. Apenas por volta de 23h30 uma viatura da Guarda Municipal retirou os últimos cadeirantes, que foram levados para suas casas. Pouco antes da meia-noite, os estudantes Gabriela Fernandes e Ricardo Júlio Silva eram os únicos remanescentes.
Outro lado
Em 22 de fevereiro, um dia após a enchente anterior, o Barueri na Rede procurou a prefeitura para saber quais eram as causas dos alagamentos frequentes na área, se havia soluções em estudo e se um refluxo do rio poderia ter causado a cheia.
A resposta veio em forma de nota: “Prefeitura e Sabesp estão em conjunto verificando o problema, para detectar o que houve. Não trata-se de refluxo do rio, uma vez que, se fosse, a 26 de Março, na mesma altura da Henriqueta, também alagaria. Tão logo tivermos esse diagnóstico, passamos para vocês”.
O BnR não recebeu mais nenhuma informação, mas ontem a avenida 26 de Março também encheu. Do lado da Henriqueta, além da avenida, alagaram as ruas Eva, Caim e Sansão. Esta última, até a rua Abel.
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