Como a cada temporada o número de espécies encontradas tem aumentado, órgão municipal explica como fazer o resgate e garantir a segurança dos bichinhos
O Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Barueri, responsável pelo recebimento, recuperação e soltura de animais silvestres, registou um aumento significativo no número de filhotes resgatados. Segundo o levantamento, a quantidade de filhotes entregues cresce em torno de 20% a cada temporada, que vai de setembro de um ano a março do ano seguinte.
Apesar da intenção de muitas pessoas em ajudar, o primeiro passo é verificar se realmente se faz necessária a intevenção humana. Erika Sayuri Kaihara, bióloga e gestora do Cetas, explica que muitas vezes ocorre a interferência desnecessária de pessoas em ninhos e em animais em aprendizado de voo. Isso, segundo ela, “cresce na medida em que cresce a humanização de animais equiparados a pets tradicionais, tais como cachorros e gatos”.
Mas isso não significa que alguns filhotes não precisem da ajuda humana, mas para que o auxílio seja feito de maneira acertiva, é preciso observar alguns fatores, como se o filhote está ferido, apresenta sangramento e/ou alguma aparente fratura. Se esse for o caso, o animal deve ser encaminhado imediatamente ao Cetas para o recebimento de cuidados, ou na impossibilidade de resgate, acionar o centro de triagem para as devidas providências.
Mas se o filhote estiver sem ferimentos aparentes ou se os pais estiverem por perto, a orientação é evitar pegá-lo na mão e apenas observar e aguardar que ele retome a rotina. Se o local onde o animal estiver ofecer algum risco a ele, e for necessário manuseá-lo, a recomendação é que isso seja feito com um papel ou pano limpo.
Em caso de dúvida, a indicação é entrar em contato com o Cetas e pedir orientação de como agir. Para quem tem animais silvestres sem a devida posse legal e queira fazer a entrega voluntária, isso pode ser feito ao Cetas. Basta ligar para o número 11-4689-0314 e agendar a entrega voluntária das espécies. A bióloga responsável pelo centro ressalta a necessidade de obter esclarecimento antes de retirar um animal silvestre do local em que foi avistado e qual o impacto dessa ação no meio ambiente.