sábado, setembro 7, 2024
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Cacau Show é condenada a indenizar em R$ 50 mil cliente que foi obrigado a mostrar o pênis

por: Redação

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Ciclista foi acusado por funcionários da loja da rodovia Castelo Branco de apontar o órgão sexual e teve de fazer “reconhecimento peniano” na delegacia

A empresa Cacau Show foi condenada pela Justiça de São Paulo a indenizar um homem em R$ 50 mil por ter sido obrigado a mostrar o pênis após ser acusado de assédio. Felipe Passos, de 45 anos, chegou a ser preso suspeito de importunação sexual na unidade de Itapevi, em abril de 2023, tendo passado por uma situação vexatória em que foi exposto a uma espécie de “reconhecimento peniano” na delegacia.

A sentença foi proferida, no dia 27/6, com decisão favorável para Felipe. O ciclista, que é morador do Brás, em São Paulo, na manhã de 23/4 do ano passado, saiu do bairro de Santana, na capital, com um grupo de pedal. Na unidade da Cacau Show de Itapevi, às margens da rodovia Castelo Branco, o grupo parou para comer, beber e descansar.

Após tomar um sorvete, o ciclista foi pagar a conta, quando percebeu um burburinho no local. Seus colegas disseram que uma vendedora comentou que um entre os atletas tinha mostrado o pênis a ela e encostado o órgão no balcão.

Dois seguranças da loja abordaram o ciclista e o acusaram do suposto crime. Felipe foi hostilizado por pessoas que estavam no local e levado à delegacia por uma viatura da polícia.

Ele foi preso em flagrante e obrigado a mostrar o pênis três vezes para um policial e uma escrivã, a mando do delegado para “reconhecimento” das características mencionadas pela funcionária da loja. Felipe foi preso em flagrante e solto no dia seguinte, após audiência de custódia.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que “a Polícia Civil esclarece que não há registro nem precedente legal para a dinâmica de reconhecimento mencionada”.

A Cacau Show alega não ter qualquer responsabilidade quanto ao constrangimento sofrido pelo ciclista na delegacia e que cedeu as imagens de câmeras de segurança de forma voluntária. A empresa disse, ainda, que assim que confirmou que a acusação era mentirosa, demitiu os funcionários envolvidos.

À justiça, um policial reconheceu que a roupa usada por Felipe no dia dos fatos, típica de ciclistas, de uma peça só, praticamente inviabilizava a retirada do órgão genital, além de o suspeito demonstrar que estava tranquilo ao ser abordado pela polícia.

O caso foi registrado na Delegacia da Mulher de Barueri. Ainda cabe recurso da decisão.

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