segunda-feira, outubro 7, 2024
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Barueri é a 6ª cidade com maior número de moradores de rua da Grande São Paulo

por: Redação

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Dados registrados pelo CadÚnico revelam que município fica no ranking atrás apenas da Capital, São Bernardo do Campo, Guarulhos, Osasco e Suzano

O número de pessoas em situação de rua no estado de São Paulo cresceu acentuadamente nos últimos três meses, contando com mais de 86 mil moradores de rua em fevereiro desse ano. O levantamento, feito pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPOPRUA), demonstrou um aumento de quase 8% em 90 dias.

Barueri está entre as seis cidades da Grande São Paulo com o maior número de pessoas em situação precária, com 543 vivendo nas ruas. Segundo o CadÚnico, esse número pode ser maior, já que muitas não estão registradas para receber benefícios sociais. Liderando o rankig aparece a Capital, com 52,2 mil e São Bernardo do Campo, com 1,18 mil pessoas em situação de rua. O município de Guarulhos aparece em terceiro lugar, com 1,14 mil, seguindo por Osasco, 1,07, moradores em situação de vulnerabilidade de rua; Suzano, com 658 e finalmente Barueri.

Em Barueri, segundo o site da prefeitura, a Associação Cáritas Nossa Senhora da Escada oferece acolhimento institucional, com capacidade para atender até 130 pessoas, sendo 70 vagas em abrigamento e 60 em pernoite, e a Casa de Passagem, que tem consegue abrigar até 20 pessoas para pernoite.

À prefeitura, por meio da Secretaria de Comunicação (Secom), o BnR perguntou quais medidas estão sendo tomadas e previstas para atender as mais de 500 pessoas em situação de rua em Barueri. Até o momento da publicação dessa reportagem não foi enviada qualquer resposta.

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2 Comentários

  1. Não é bem assim o atendimento do Caritas. Ano passado eu acompanhava as fotos que o Caritas divulgava na internet de moradores de rua sendo abordados pelas ruas de Barueri e recebendo um café, ou chá (não dava para distinguir, os funcionários estavam com galões) e falando sobre mais um dia de trabalho com essa população. Certo dia estava deixando ração para um cão em uma praça com muitos moradores de rua em Barueri e um morador me abordou e começou a desabafar. Ele disse que já havia abordado o vereador Kaskata que está toda semana na associação Vila Ilhéus que fica ali perto, do qual ele é um dos idealizadores ou algo do tipo, e pediu que a associação ajudasse dando pelo menos um pão com manteiga para eles todo dia de manhã e nunca foi atendido. Daí naquele dia eu liguei no abrigo, expus a situação e o homem que me atendeu disse que eles não trabalham oferecendo comida para morador de rua e que eles oferecem vaga para pernoite ou abrigo temporário, mas que nem adiantava falar com essa gente (palavras dele), pois eles não aceitam sair das ruas. O cidadão nem ao menos perguntou o endereço. Está certo que seja lá qual for o motivo de cada pessoa, sempre tem quem não aceita mesmo uma ajuda, mas a rotatividade de moradores de rua pela cidade e região é gigantesca, sem falar que as circusntâncias mudam e as pessoas também, então não custa nada os funcionários dos dois abrigos mantidos pela prefeitura com o dinheiro público realizar novas abordagens e não ficar com preguiça dizendo que essa gente não aceita ajuda. Também tentei contato com o fundo social da solidariedade e da secretaria de ação social de Barueri na época, mas nos dois lugares indicaram que a prefeitura já paga o Caritas paa fazer esse trabalho e orientaram entrar em contato com eles. No final, acabei desistindo e nunca mais tentei. E a população de rua do Parque dos Camargos e região só tem aumentado toda semana. Diante do pronto socorro do camargo moram seis pessoas em dias normais. Quando estamos em semanas mais quentes e sem chance de chuva a noite aparecem mais pessoas por lá. Nas ruas próximas ao local sempre tem mais gente dormindo pelas calçadas. O morador de rua que me abordou naquele dia me disse algo que não me esquecerei: “todos veem a gente como seres invisíveis”. E ele estava certo, infelizmente.

  2. Barueri começou na semana passada uma prática higienista para se livrar dos moradores de rua. Policiais armados com armas de choque chegaram em várias viaturas no Parque dos Camargos para expulsar os moradores de rua das praças da região, dizendo que eles estão proibidos de ficar nos locais públicos. Em nenhum momento foi ofertado a possibilidade de integrar quem aceitasse em um programa de reinserção na sociedade ou abrigo. Apenas foram expulsos como bicho, aliás, nem com bicho se faz isso. Agora quando a secretaria de segurança avista moradores de rua pelas câmeras colocadas nas praças, logo aparece uma viatura para os expulsar. É um absurdo. Agora os moradores que ficavam pelas praças sem incomodar ninguém estão perambulando pela cidade em meio a esse sol, tentando encontrar onde ficar, pois em local público é errado e em local privado tem dono. Tem morador de rua por ali que já é conhecido dos moradores há anos e não incomoda ninguém. Alguns já até tem amizade com algum comerciante, que por sua vez de vez em quando os ajuda como pode. É claro que vez ou outra chega gente nova e as chances de estarem envolvidos com vícios ou crimes é grande, mas mesmo assim, essa abordagem higienista é absurda nos dias de hoje. Ficamos horrorizados em ver tamanha crueldade, mas claro, se perguntar para a prefeitura vão inventar uma outra história para justificar essa arbitrariedade.

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