Operação Profeta desmonta esquema de fraude que envolve criptomoedas e soma mais de R$ 260 milhões e era comandado por homem que usava a fé para atrair vítimas
A Operação Profeta, que investiga um esquema de fraude envolvendo investimentos em criptomoedas, foi deflagrada pela Polícia Federal (PF), na quinta-feira, 7/11, cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão em Barueri e em outras quatro cidades, Guarulhos, Salto, Rio de Janeiro e Cajamar.
O nome da operação, “Profeta”, foi escolhido porque o líder do grupo criminoso, Rodrigo Reis, se utilizava da religião para atrair vítimas e ganhar a confiança dos investidores. Ele foi preso em Cajamar.
A ação policial tem o objetivo de desmantelar uma organização criminosa que pode ter prejudicado cerca de 10 mil investidores, totalizando prejuízos avaliados em até R$ 260 milhões. Vítimas das fraudes denunciaram que as suas aplicações de recursos em uma empresa de investimentos foram desviadas pelos criminosos.
Os envolvidos nos crimes desenvolveram uma estrutura complexa para captar investidores, que incluía corretoras de criptomoedas. Depois da captação do dinheiro, eles o enviavam para contas no exterior, conforme demonstrado pela Polícia Federal.
Bens e valores de aproximadamente R$ 262,8 milhões foram sequestrados, obedecendo decisões judiciais da 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, e os envolvidos podem responder por crimes como apropriação indébita, negociação de valores mobiliários sem autorização, operação de instituição financeira sem autorização e evasão de divisas.