Empresa estaria utilizando peças de composição emprestada da CPTM para reparar outras unidades avariadas, colocando passageiros em risco
A ViaMobilidade está sendo investigada pelo Ministério Público de São Paulo. A Promotoria suspeita que a empresa está realizando o desmanche irregular do trem H556, da CPTM, com o objetivo de usar as peças do trem emprestado em junho de 2022, para a manutenção de outras composições emprestadas.
O promotor público responsável pelo caso, Silvio Marques, já teria ouvido três testemunhas, conforme reportagem do UOL. Ainda conforme o relato de ex-funcionários ao portal de notícias, além de haver diversos laudos de vistoria que demonstram falhas nos trens no sistema de segurança, câmeras inoperantes e irregularidades nos freios, há falta de especialização e improviso na manutenção das composições, causando inúmeros riscos aos usuários.
À época da aquisição do trem H556 pela CPTM, em 2013, ele custou à estatal cerca de R$ 15,3 milhões, valor que corresponde a R$ 28,8 milhões em valores atuais.
A reportagem do UOL flagrou o trem desmontado no pátio da oficina da ViaMobilidade, localizado em Presidente Altino, em Osasco, com seus oito carros desmembrados.
Segundo a ViaMobilidade, o trem estaria passando por reparos eletrônicos e substituição de rodas e a previsão é de que ele seja devolvido à CPTM até março de 2025. Ainda conforme o portal UOL, na realidade, o desmanche de trens seria utilizado para consertar outras composições emprestadas que foram deterioradas e que devem ser devolvidas à CPTM.