Caso ocorreu em 2017 e três soldados morreram afogados num lago no Grupo Bandeirante ao cumprir castigo por terem falhado em atividade
A União foi condenada a indenizar em R$ 468 mil a irmã e a tia de um jovem de 18 anos que morreu afogado, junto com dois colegas, durante um treinamento militar no período de formação de soldado na área do Grupo Bandeirante, em Barueri, em 24/4 de 2017. De acordo com a desembargadora Leila Paiva, relatora da ação, não há dúvidas que a morte “resultou de um conjunto de ações culposas praticadas pelos militares, que agiram com negligência e imprudência”.
Na ocasião, um grupo de recrutas do 21º Depósito de Suprimentos (21 DSup) da Vila Anastácio, na capital, veio a Barueri participar de um exercício de localização na mata. Wesley dos Santos e Vitor da Costa Ferreira, ambos de 18 anos, e Jonhatan Cardoso, de 19, esqueceram um ponto no caminho e como castigo tiveram que fazer um novo trajeto, que incluía a travessia do lago. Eles receberam ordens de afundar até o pescoço.
Durante o procedimento, um dos soldados escorregou e foi parar na parte mais funda. Os outros dois tentaram ajudá-lo e os três se afogaram. A decisão judicial cita que, durante o processo, não houve a devida supervisão.
No dia doa acidente, o próprio Exército chamou o Corpo de Bombeiros, que enviou cinco unidades ao local. Um dos jovens teve morte imediata, e os outros dois foram carregados em maca pelos socorristas num terreno de acesso difícil. No caminho, foi necessário realizar manobras respiratórias nos jovens, mas eles acabaram morrendo. Eles morreram momentos depois.