Cargo de escrevente técnico judiciário tem remuneração de R$ 6.043,54 e benefícios como auxílios para alimentação, saúde e transporte
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) divulgou o edital de concurso público para a carreira de escrevente técnico judiciário, função de nível médio. O processo seletivo contempla formação de cadastro de reserva, com foco na capital paulista e nas demais comarcas pertencentes à 1ª Região Administrativa Judiciária da Grande São Paulo, entre elas, Barueri, Osasco, Carapicuíba, Jandira e Santana de Parnaíba.
O cargo oferece uma remuneração inicial de R$ 6.043,54, valor que abrange salário-base e gratificação judiciária, somados a benefícios como auxílios para alimentação, saúde e transporte, o que pode ultrapassar o valor de R$ 6.344,94.
A jornada de trabalho é de 40 horas semanais, sob regime estatutário, que prevê estabilidade ao servidor após o período de estágio probatório. Embora o edital não informe vagas imediatas, o cadastro de reserva será utilizado durante o prazo de validade da seleção, que é de um ano, prorrogável por igual período.
A expectativa de convocações reais é reforçada pela sanção da Lei Complementar 1.429/2025 pelo governador Tarcísio de Freitas. A legislação autoriza a criação de 960 novos cargos no TJ-SP, sendo 720 deles destinados à função de escrevente, o que abre caminho para que aprovados nesse concurso sejam nomeados em breve.
As inscrições poderão ser realizadas entre os dias 13/8 e 22/9 por meio do site da Fundação Vunesp, responsável pela organização da seleção. A taxa de participação é R$ 81, com prazo para pagamento até 23/9.
Diferentemente de concursos anteriores, a edição de 2025 será composta por duas fases: uma prova objetiva e uma prova discursiva. A etapa de digitação, comum em anos anteriores, foi excluída.
As provas serão aplicadas no dia 7/12, no período da manhã, com duração total de até cinco horas. A prova objetiva é composta por 70 questões de múltipla escolha, dividida em três blocos: Língua Portuguesa, com 16 questões; Conhecimentos em Direito, com 30 questões; e Conhecimentos Gerais, com 24 questões de atualidades, matemática, informática e raciocínio lógico.
Para ser considerado habilitado, o candidato deve atingir pelo menos 50% da pontuação total, além de alcançar os acertos mínimos exigidos em Língua Portuguesa e Conhecimentos de Direito, que são eliminatórios.
A segunda etapa consiste na produção de um texto dissertativo-argumentativo, baseado em textos motivadores fornecidos na prova. A redação valerá 40 pontos.
Serão considerados aprovados os candidatos da ampla concorrência que obtiverem no mínimo 20 pontos, candidatos negros, indígenas ou com deficiência que alcançarem pelo menos 16 pontos.
A correção da redação será feita apenas para os mais bem classificados na prova objetiva, conforme os critérios estabelecidos para cada categoria. Todos os candidatos das cotas que alcançarem a pontuação mínima terão suas redações corrigidas.
Além das provas, candidatos autodeclarados negros ou indígenas passarão por banca de hetero-identificação, enquanto os concorrentes com deficiência serão avaliados em perícia biopsicossocial, como previsto no edital.