Parceria Público-Privada será para desassoreamento do rio, incluindo trecho de Barueri até barragem em Pirapora
O Governo do Estado de São Paulo vai recorrer a uma Parceria Público-Privada para tentar conter as enchentes decorrentes de cheias no rio Tietê, especialmente no período de verão. Entre as 12 cidades inclusas no plano de desassoreamento do rio estão Osasco, Carapicuíba, Barueri, Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus.
A concessão dos serviços será de 15 anos, e inclui também o rio Pinheiros. Antes de lançar o edital, o governo abrirá consulta pública, de 22/9 a 21/10, com contribuições que poderão ser encaminhadas ao e-mail desassoreamento@cpp.sp.gov.br.
O Estado vai recorrer à PPP depois de fracassar com seu plano de metas de limpeza do rio Tietê em 2024. Apesar de ser a solução mais “viável” às grandes metrópoles, especialistas criticam os processos de desassoreamento de rios nas manchas urbanas. A dragagem e desassoreamento são obras dispendiosas, e questionamentos sobre a sua viabilidade financeira quando comparada a outras soluções.
O desassoreamento também é classificado como uma medida paliativa que não aborda as causas reais das enchentes urbanas, como a ocupação inadequada das margens. Em alguns casos, especialmente em rios com grande volume de água e fluxo controlado por barragens, o assoreamento pode ser um processo natural, e a remoção dos sedimentos não impede que o problema retorne.
