Documento que circula nas redes sociais aponta problemas recorrentes na gestão de Celson Furlan e diz que sua queda deve ser celebrada
Servidores da secretaria de Educação de Barueri, em especial os efetivos, redigiram uma carta em razão da demissão de Celso Furlan em que apontam os aspectos que precisam mudar no sistema educacional do município e declaram a esperança de tempos melhores.
No texto, que está circulando nas redes sociais (leia abaixo), atribuído a um grupo composto por coordenadores, orientadores, supervisores e diretores das escolas, os funcionários contam que a autoridade municipal da Educação “mostrava a todos completa falta de respeito e competência para o cargo que ocupava”.
“É revoltante a grosseria e assédio moral que vem se repetindo nos encontros com as autoridades da Secretaria de Educação”, afirma a carta. “A autoridade máxima da Educação do município de Barueri, não poderia ser o berço do ódio e preconceito, a fonte de uma política de exclusão”, diz o texto, em referência ao comportamento do ex-secretário e das falas que culminaram com sua exoneração.
Os autores afirmam que “nós, gestores da educação, estamos sendo excluídos da política educacional do município quando somos intimidados com a falta de educação e a grosseria das autoridades”.
E o documento termina celebrando a mudança no comando da pasta: “Não dá pra não ficar feliz com a exoneração dessa autoridade, tão inconsequente e contrária aos valores democráticos”.
Leia o texto completo:
Exoneração: Esperança para as escolas de Barueri!
Responsáveis pela gestão escolar, diretores, coordenadores e orientadores, preocupados
pela qualidade da experiência educativa nas escolas, ouviram as últimas palavras do Secretário de Educação de Barueri, na última semana do mês de maio.
E ficaram perplexos! Porque foram aprovados em Concurso Público e querem contribuir de forma positiva para a Educação do município. Mas ficaram em silêncio na reunião, desacreditados da parceria que poderiam ter com os departamentos de apoio à gestão escolar, desconfiados com a autoridade municipal da Educação, que mostrava a todos completa falta de respeito e competência para o cargo que ocupa.
Foi significativo o silêncio dos profissionais da Educação que trabalham nas escolas, foi triste a solidão que sentiram por presenciarem aquelas cenas de violência desnecessária nas reuniões. Sim, está sendo revoltante a grosseria e assédio moral que vem se repetindo nos encontros com as autoridades da Secretaria de Educação. Naturalmente que não são todos os profissionais que trabalham na Secretaria que mantêm essa postura inadequada mas, com certeza, o representante, a autoridade máxima da Educação do município de Barueri, não poderia ser o berço do ódio e preconceito, a fonte de uma política de exclusão.
A política educacional que preza a democracia não pode respirar a intolerância. Nós, gestores da educação estamos sendo excluídos da política educacional do município quando somos intimidados com a falta de educação e a grosseria das autoridades. Também somos excluídos do processo educacional do município quando o Estágio Probatório dos ingressantes na rede municipal está regido pela arbitrariedade.
E, pasmem! É pura alegria quando o Secretário de Educação comemora a desistência dos ingressantes do concurso público! Somos todos incompetentes! Caberia aqui também apontar a política perversa da Evolução Funcional do Magistério, que escolhe a competição como valor de controle da evolução. A prefeitura de Barueri não comporta tanta evolução! Que evoluam apenas aqueles mais ferozes neste ambiente selvagem!
Neste sábado ensolarado, que promete um amanhã mais justo e feliz para as escolas,
ressoa aquele amado refrão da música popular brasileira “amanhã há de ser…outro dia…ainda pago pra ver, a manhã florecer…. não dá pra não ficar feliz com a exoneração dessa autoridade, tão inconsequente e contrária aos valores democráticos.
E, para a alegria do município, todos comemoram hoje, dia 17 de maio, em plena euforia, como se estivéssemos a comemorar uma alforria. Por que tamanha alegria? Porque Barueri é diferente.
Explicação:
O assédio moral é considerado violência, principalmente nas instituições públicas. Mas não para
Barueri.
O autoritarismo na política educacional é ultrapassado. Mas não para Barueri.
O sistema de delação estabelecido entre Secretaria de Educação e comunidade escolar, que
exclui os gestores da escola e enfraquece a escola, é perverso. Mas não para Barueri.
A intimidação nas reuniões com a Secretaria de Educação é inconveniente. Mas não para
Barueri.
O diretor da escola, sem ajuda de custo, para buscar material para a escola é vergonhoso. Mas
não para Barueri.
O departamento de manutenção da Secretaria de Educação sem estrutura, sem peças, sem
lâmpadas, sem torneiras, sem sifão e sem prazos é um departamento fantasma e ineficiente.
Mas não para Barueri.
A ordem é: suporte pedagógico, façam um milagre!