Prefeitura terá 19 pastas, apenas duas a menos do que no final do governo de Gil Arantes. Furlan queria apenas dez
O secretariado do prefeito Rubens Furlan ficou maior do que ele pretendia. A lista fechada aponta 19 pastas, quase o dobro do que ele considerava ideal. Na prática, a redução foi de apenas dois secretários com relação ao final do governo Gil Arantes (Veja o quadro com a relação completa).
Na gestão anterior, Gil inchou o número de secretarias e a administração chegou a ter 27 pastas. Além disso, o ex-prefeito criou o cargo de secretário adjunto, que em muitos casos era apenas decorativo. Com o agravamento das finanças municipais, em meados de 2016 ele fechou ou reduziu o status de seis secretarias.
O inchaço sempre foi criticado pelos opositores do ex-prefeito. Durante a última campanha eleitoral, Furlan usou o tema em seus discursos. Na convenção que o apontou como candidato do PSDB, em 24/7, ele afirmou que reduziria o número de pastas para dez. Em agosto, em entrevista exclusiva ao Barueri na Rede, reafirmou que dez era o ideal, mas que talvez tivesse que fechar em 12.
No entanto, em 9 de dezembro, já eleito e logo após a cerimônia de diplomação, o novo prefeito lamentou que não pudesse reduzir o secretariado o quanto queria e acenou que seriam 15 titulares. Segundo ele, algumas áreas exigem estrutura maior. Furlan também precisou acomodar aliados políticos. Assim, quando a lista definitiva se tornou pública, eram 19 pastas.
O time de Furlan mescla figuras conhecidas com caras novas na administração pública. Entre os veteranos estão, por exemplo, o irmão Celso Furlan (Educação), várias vezes titular da pasta; Beto Pìteri (Obras), atual vice-prefeito; Cilene Bittencourt (Administração), também ex-secretária e candidata a vice de Carlos Zicardi em 2012; Bidu (Meio Ambiente), ex-vereador; ou Tom Moisés (Esportes), figura de relevo em governos anteriores.
Já entre as caras novas aparecem Jean Gaspar (Cultura), presidente municipal do PRB; Thazio Gomiero (Comunicação), que trabalhou com Furlan anteriormente fora de Barueri; o médico Paulo Silas (Saúde), líder religioso conhecido na cidade, mas que nunca exerceu função semelhante; e a advogada Regina Mesquita (Segurança), que ocupará o cargo que estava reservado a seu marido, Edson Santos da Silva, coronel PM da reserva que morreu antes de assumir a pasta.
E há o caso de Giane Cristina de Souza, que chefiou a Secretaria da Mulher no governo anterior e continuará no cargo.