Baldes se espalham pelo saguão principal do local, inaugurado em outubro e que custou cerca de R$ 200 milhões aos cofres públicos do município
Inaugurado no final de outubro, o complexo cultural da Praça das Artes, na Vila Boa Vista, tem sofrido com goteiras a cada chuva. Quem frequenta o local divide o espaço com baldes e bacias distribuídos pelo saguão principal para impedir que a água se espalhe.
Depois de três anos de obras, o complexo foi inaugurado no fim de 2022 e apresentado pela prefeitura como um dos maiores e melhores centros culturais do país. A obra, que inclui um teatro de mil lugares e salas de práticas de várias formas de arte, consumiu cerca de R$ 200 milhões de verba pública. O projeto arquitetônico, ao custo de R$ 10 milhões, foi concebido pelo renomado arquiteto Ruy Ohtake, que morreu em 2021.
Em março, cinco meses após a inauguração, a câmara aprovou projeto do prefeito Rubens Furlan que prevê a concessão do local para uma empresa privada. Na ocasião, não houve discussão e 19 vereadores votaram a favor, com o único voto contra de Leandrinho Dantas.
A justificativa do projeto é que a manutenção da Praça das Artes custaria caro e a concessão seria uma forma de economizar dinheiro público.
O Barueri na Rede procurou a Secretaria de Comunicação (Secom) da prefeitura pedindo informações sobre as goteiras do local. Perguntou se a prefeitura tinha ciência do problema, se tinha justificativa para isso acontecer num prédio tão novo e se já havia tomado iniciativas sobre o assunto. Até o fechamento dessa reportaqem, a Secom não havia enviado nenhuma resposta ao site.