Cerca de 500 educadores caminharam na noite de sexta-feira nas ruas em torno do bulevar pedindo anulação do processo que avaliou servidores da educação
Um ato dos professores pedindo reajuste salarial e anulação da avaliação profissional pela Secretaria da Educação, ocupou o centro de Barueri na noite de sexta-feira, 24/3. Cerca de 500 educadores realizaram uma reunião diante da prefeitura e depois caminharam pelas avenidas Henriqueta Mendes Guerra e 26 de Março, dando a volta no bulevar. Durante a mobilização, que durou cerca de duas horas, o trânsito de veículos nas vias centrais esteve interrompido.
O movimento do professorado começou há cerca de duas semanas, quando se tornaram conhecidas as notas da avaliação de desempenho de 2022. Dois pontos chamaram a atenção. O primeiro, foi que as notas são muito inferiores às dos últimos anos. Na maioria dos casos, abaixo de 8, para docentes que vinham recebendo pontuação próxima de 10.
O segundo, é que as avaliações eram exatamente iguais para todos os professores em várias escolas, o que demonstraria que não houve análise individual. Diretores teriam comunicado a seus subordinados que cumpriam ordens que receberam da Secretaria de Educação
Os educadores começaram a se mobilizar e acionaram o Sindicato dos Professores das Escolas Públicas Municipais de Barueri e Região (Siproem). Em assembleia realizada no sábado, 18/3, a categoria decidiu encaminhar à prefeitura pedido de reajuste salarial de 35%. Ao mesmo tempo, ficou decidido que o sindicato recorreria à Justiça pedindo a anulação da avaliação em razão dos vícios que apresentou.
Na terça-feira, 21/3, foi realizada nova assembleia, dessa vez diante da prefeitura, em que foram confirmadas as decisões anteriores e foi convocado o ato de sexta-feira, que incluía a ocupação das vias em torno do bulevar.
Em razão da repercussão do movimento, na quarta-feira o secretário de Educação, Celso Furlan, negou nas redes sociais qualquer irregularidade na avaliação e orientava os professores descontentes a recorrer da nota. Ele negou também que tenha orientado os diretores a aplicar avaliações baixas.
Agora, enquanto aguardam reposta da Justiça, os professores decidiram manter a mobilização e já marcaram outro ato para a próxima sexta-feira, 31/3, às 18 horas, diante da prefeitura, com previsão de nova passeata pelo centro.