Medicamentos sumiram das farmácias municipais e queixas se multiplicam há três meses
Depois de meses e muitas reclamações com a falta de medicamentos nas farmácias municipais e postos de saúde, a prefeitura garante que a situação foi normalizada e que os quase 4 mil pacientes que procuram diariamente remédios nas 16 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e na Farmácia 24 horas não terão mais dificuldades.
O problema durou mais de três meses e gerou revolta desde quem precisou de um medicamento simples até pacientes que necessitavam de tratamentos contínuos.
Segundo a prefeitura, por meio da Secretaria de Comunicação (Secom), a situação se instalou por conta da demora no processo licitatório. “Durante o trâmite de entrega de documentos, algumas empresas foram desclassificadas por não terem a autorização dos fabricantes para comercializar os medicamentos, sendo necessária então a convocação das empresas seguintes na lista de colocação”, informou a administração municipal ao Barueri na Rede.
Porém, no começo do mês houve casos de pacientes que procuraram por medicamentos e não encontraram. Foi o que aconteceu com Maria Rodrigues. “Dia 5 desse mês, fui pegar na farmácia dois medicamentos, Sinvastatina e Puran, porém não havia nenhum dos dois”, conta ela.
Com a avó de Aline Santachiara não foi diferente, ao buscar por medicamentos de alto custo que são de seu uso frequente. “Semana passada fui com a minha avó na Farmácia Popular e chegando lá só havia um dos seis remédios que ela precisava. Fomos informadas pela atendente que agora teremos que pedir o remédio com duas semanas de antecedência, para que o pedido seja feito a partir das pessoas que forem buscar tais remédios.”
Em outro episódio com o filho, Aline buscou por Lactulose e Paracetamol em um Posto de Saúde após uma consulta, e também não encontrou os remédios.
Segundo a Prefeitura, em casos de medicamentos de alto custo, é feita a intermediação exigida pelo Estado, desburocratizando o processo de fornecimento destes medicamentos. Sobre os remédios que constam na lista de medicamentos oferecidos, a Secom informou que já foram comprados e que a entrega pelos fornecedores já está quase 100% concluída.
Caso algum item não esteja disponível, está em processo de entrega e o munícipe deve procurar a coordenadoria da Farmácia Central que, entregará o medicamento assim que chegar.
Por Ingrid Miranda