Policiais investigam testemunhas, familiares e moradores do bairro onde viviam vítimas da tragédia. Sobreviventes ainda não falaram
A Polícia Civil ainda não tem indícios suficientes para apontar as causas do acidente que matou quatro pessoas na noite de sábado (16/1). As investigações continuam no entorno do ponto em que o Gol chocou-se contra um poste, na região da Vila Ceres, próximo do trevo da Castelo Branco, e com testemunhas, familiares e amigos das vítimas.
Eram por volta de 22h30 de sábado quando o Gol, com seis pessoas dentro, perdeu o controle no final da descida da Estrada Dr. Cícero Borges de Morais (Estrada dos Altos), onde termina a pista dupla, e chocou-se em alta velocidade contra um poste da Eletropaulo, que foi destruído com o impacto.
Morreram no local Yuri Gabriel da Silva, de 16 anos, Caroline Ferreira de Andrade, 13 anos e Ketlyn Vitória Aparecida dos Santos, 12 anos. Felipe de Lima, 22 anos, que dirigia o carro, chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos e também morreu no próprio sábado. Estavam no veículo e sobreviveram Felipe dos Santos da Silva, de 20 anos, e Douglas Gonçalves dos Santos, de 33 anos.
Carro emprestado
Entre os familiares das vítimas circula a informação de que outro carro estaria acompanhando o Gol, e que os ocupantes desse segundo veículo teriam tentado ajudar no resgate, mas a polícia não confirma. O auto acidentado era de um amigo de Felipe, Gildson Marinho dos Anjos. Ele se apresentou à polícia e declarou que havia emprestado o veículo porque o colega disse que precisava ir ao banco.
Os seis ocupantes do Gol se conheciam e, segundo familiares, costumavam se encontrar para conversar em frente ao conjunto habitacional Mirante dos Altos, próximo do ponto do acidente, onde todos moravam, com exceção de Felipe de Lima, que vivia na Aldeia de Barueri.
Apesar de os dois sobreviventes terem apresentado melhora no quadro clínico durante a semana, a polícia não pôde ouvi-los. “Eles ainda não estão em condições de falar”, explica o delegado titular de Barueri, Alexandre Miguel Palermo.
Perícia
A polícia aguarda o resultado da perícia para saber se os ocupantes do carro ingeriram bebidas alcoólicas nas horas que antecederam o acidente. Também pode ser possível identificar algum problema no veículo e a que velocidade ele ia no momento do impacto. Técnicos, no entanto, descartam que o Gol 1.0 estivesse a 180 km/h, como chegou a ser difundido.
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