Público 60+ tem dificuldade para resolver questões sobre empréstimos consignados sem solicitação e compra de produto ou serviço ofertado pelas redes sociais ou por telefone
Uma pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP entre 20/8 e 23/9, mostra que os idosos se sentem inseguros para fazer compras pela internet. O órgão elaborou uma enquete que foi respondida por 608 consumidores 60+ que acessaram o seu site, assim como por frequentadores dos Núcleos de Convivência do Idoso e beneficiários do Instituto de Previdência Municipal da cidade de São Paulo.
De acordo com a pesquisa, esse grupo de consumidores apresenta dificuldades para resolver questões relacionadas a empréstimos consignados contratados sem solicitação e compra de produto ou serviço ofertado pelas redes sociais ou por telefone. Além disso, quando há necessidade de entrar em contato com as empresas, surge outra dificuldade, que é o uso de aplicativos, por serem de difícil manuseio para os idosos.
Entre os participantes da enquete, 16,28% informam que já perceberam algum débito em sua conta corrente referente a empréstimo consignado não contratado, sendo que em 43% dos casos, os bancos, quando questionados não deram nenhuma justificativa.
A maioria dos participantes da enquete, 77,63% do total, informou que recebe ofertas de produtos e serviços em suas redes sociais e por telefone, e somente 31,57% relataram que compram pela internet normalmente.
Entre os que compram pela internet, 63,76% afirmam que tiveram problemas como atraso ou não entrega do produto ou da prestação de serviço; empresa que veiculava a publicidade e era fantasma; e não cumprimento da oferta ou do valor anunciado, entre outros.
Ainda, 51,15% dos participantes da enquete informaram que já ocorreu de não conseguir contatar a empresa, comprar algum produto e/ou contratar um serviço em função de a empresa não utilizar outra ferramenta que não os apps, sendo que 48,87% indicam que têm dificuldade para utilizar os aplicativos.
A pesquisa também demonstra que os idosos enfrentam mais dificuldades na utilização de aplicativos de instituições financeiras, concessionárias de serviços essenciais e empresas que oferecem tratamento, produtos e/ou serviços de saúde.