Vereador que deixa a presidência da casa após quatro anos destaca que devolveu R$ 25 milhões ao Executivo
Carlinhos do Açougue encerra em 31 de dezembro o período de quatro anos em que presidiu a Câmara de Barueri, após dois mandatos de dois anos. Ao fazer a avaliação de suas gestões, ele considera que o saneamento financeiro da casa foi sua principal conquista. “Nós reduzimos despesas, eliminamos privilégios, demos transparência aos gastos e organizamos o quadro funcional. Com isso, pudemos devolver mais de R$ 25 milhões ao Executivo para usar em melhorias para a população”, explica.
Carlinhos lembra que a câmara era constantemente alvo de reparos pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Duas medidas que tomamos foram limitar o uso de carros e cortar os aparelhos celulares”, explica. Assim, os veículos da casa foram proibidos de sair do município e os vereadores perderam 150 aparelhos Nextel que usavam ilimitadamente.
Também, afirma Carlinhos, foram estabelecidos Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) com o Ministério Público (MP) para regularização do quadro funcional, que era inchado por servidores comissionados. “Hoje, a folha está muito mais enxuta, fizemos concursos para contratação de 40 pessoas e os aprovados estão sendo chamados”, diz ele. “Não temos o problema que o Executivo enfrenta, que está sendo cobrado pela Justiça para fazer a demissão de cerca de dois mil empregados.”
As compras feitas pela casa também passaram por processo de ajuste, e hoje são feitas exclusivamente por pregões. “Fizemos 65 pregões, média de mais de 15 por ano. Antes, a média era de 3 por ano”, explica. “Isso dá transparência para os gastos e também ajuda a obter melhores condições de preço e pagamento.” Com essas medidas, em quatro anos, o montante devolvido aos cofres da prefeitura somou R$ 25,4 milhões.
Na área política, Carlinhos, que comandou a casa nos governos de Gil Arantes e Rubens Furlan, considera que seu maior feito foi pacificar o Legislativo. “Quando Gil anunciou que não concorreria à reeleição, aquilo provocou uma grande incerteza, porque faltava pouco tempo para a eleição”, lembra ele. “A base do prefeito ficou sem rumo e foi necessário um grande esforço para reorganizar os partidos para a disputa.”
O presidente que termina seu mandato considera que o atual momento é de expectativa em relação à próxima eleição. “No momento, há muitos políticos interessados em disputar a prefeitura, mas é preciso esperar algumas definições, que só o tempo vai mostrar”, diz. “A chave é o prefeito Rubens Furlan, se ele disputar, é o favorito destacado, porque é a maior força política da cidade.”
A partir de janeiro, a presidência da câmara será exercida por Fábio Luiz da Silva Rhormens, o Fabião, eleito em 11/12 para ocupar o cargo em 2019 e 2020.