Ele afirma ter batido na garota, que passou mal após tomar alta dose de analgésico. Por medo, ele enterrou a menina no quintal de casa
O ajudante João Paulo Bezerra da Silva, de 26 anos, admitiu à polícia ter enterrado a enteada Chintia, de quatro anos, no quintal de casa, em Jandira. Ele, no entanto, diz não ter culpa na morte menina. A polícia também investiga a participação de Larissa Regina de Salles, de 19 anos, mãe da criança, no caso.
Na segunda-feira (18/1), Larissa foi à delegacia de Jandira para registrar boletim de ocorrência de desaparecimento da filha que, segundo ela, havia sumido no sábado. Os policiais perceberam contradições no depoimento da mãe e perguntaram porque ela demorou tanto para informar sobre o sumiço. A mãe alegou que pensava ser preciso esperar 24 horas para fazer a queixa.
A polícia foi então até a casa da família, no bairro do Ouro Verde, e encontrou um ponto no quintal com terra remexida. Os bombeiros foram chamados e encontraram o corpo da menina sob a terra.
Segundo a polícia, o padrasto confessou em depoimento ter enterrado a enteada. Ele contou que a mulher saiu no dia 31 de dezembro e deixou a menina sob seus cuidados. Dois dias depois, o suspeito deu uma surra na menina com um chinelo e um fio de nylon. Depois disso, ainda segundo o depoimento, a criança passou a ter febre e ele resolveu medicá-la com 50 gotas de analgésico.
A menina passou a transpirar muito, teve inchaço no abdome e parou de respirar. Silva decidiu então esconder o corpo no quintal. Na polícia, disse que não teve intenção de matar e que ocultou o corpo por medo. Também garantiu que a mãe da menina não sabia do crime.
Larissa disse à polícia que costumava deixar a criança sob cuidados do marido. Também afirmou que, às vezes, notava marcas pelo corpo da menina, mas que Silva dizia era por causa de quedas da criança. A polícia aguarda conclusão do laudo médico pericial para indicar a causa da morte da menina.
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