Ação da GCM prendeu quatro pessoas acusadas de desviar luvas cirúrgicas do pronto-socorro central
Quatro pessoas foram presas na sexta-feira, 5/5, acusadas de desvio de material médico no pronto socorro central (Sameb). As informações sobre o caso estão sendo mantidas em sigilo, mas sabe-se que a Guarda Municipal vinha investigando a suspeita de que funcionários do Sameb e do almoxarifado central, que fica no Jardim Reginalice, passavam insumos médicos para receptadores.
Como sexta-feira é dia de entrega de encomendas, a GCM preparou o flagrante. Um dos funcionários do almoxarifado, identificado como Márcio, teria sido informado da operação e tentou fugir, mas foi preso. Ele teria passado caixas de luvas cirúrgicas para pessoas que estavam dentro de um Celta preto estacionado ao lado do ponto reservado para carga e descarga no Sameb.
A apuração da Guarda identificou a forma de agir dos criminosos: eles colocavam itens do almoxarifado que seriam enviados ao Sameb em número maior do que o requisitado. O excedente era retirado e passado para outro veículo.
Na operação de sexta-feira, foram aprendidos os celulares dos suspeitos. A investigação policial deve analisar trocas de mensagens escritas e de áudios pelos presos. Há suspeita de que pessoas graduadas, tanto no almoxarifado quanto do Sameb, possam fazer parte do esquema de desvio.
Não é a primeira vez que o almoxarifado é alvo de criminosos. No fim do ano passado, desapareceu grande quantidade de produtos, avaliados em mais de R$ 600 mil. As câmeras de segurança do local não registraram nenhum movimento suspeito. Há uma investigação policial em curso e foi aberta sindicância para apurar o caso, mas até hoje nada foi comprovado.
Durante a sexta e o sábado circularam boatos de que o flagrante seria de desvio de remédios. No entanto, o almoxarifado do Jardim Reginalice não mantém medicamentos, mas apenas itens de escritório e insumos médicos, como luvas e filmes para raio-x, por exemplo.