quinta-feira, novembro 21, 2024
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O dia em que a câmara virou um cortiço, sem ser obra literária

por: Redação

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Demorou, mas o Parlamento barueriense virou um grande barraco com direito a urros, blasfêmias e siricuticos

E o cortiço virou um pandemônio

Não, amados leitores, não aconteceu nada mais além daquilo que esse velho escriba não estivesse prevendo. Na última sessão legislativa nas dependências do quiçá vetusto Parlamento 26 de Março, deu um baita bate-fundo entre alguns nobiliárquicos e orgulhosos representantes do povaréu, comumente conhecidos como vereadores, versus alguns dos presentes da plebe ignara que provavelmente querem desbancá-los e ocupar os seus lugares nas próximas eleições. Na verdade, está acontecendo uma briga de foices no escuro dentro de um balaio de gatos.

De palácio a cortiço

Mas nem o grande Aluísio Azevedo, que foi caricaturista, jornalista, escritor e cônsul brasileiro, com a sua trajetória literária que inaugurou a estética naturalista no Brasil, conseguiria comparar o cortiço que ele escreveu com o cortiço em que se transformou o Parlamento 26 de Março, onde a quase vias de fato entre adeptos do ex-prefeito e pré-candidato Gil Arantes partiram para o confronto com as hostes dos defensores do prefeito Furlan e do seu pré-candidato Roberto Piteri.

Foi uma baixaria completa

Meus preclaros leitores, foi uma baixaria total com direito a urros, blasfêmias, troca de empurrões, siricuticos, olhares fulminantes, praguejamentos, torcidas de ambos os lados, caras feias, ameaças, quase desmaios, risadinhas amarelas e palpites mil, sem esquecer, é claro, da turma do “deixa disso, mulheres e homens” que nunca pode faltar nessas ocasiões gloriosas é claro. Eu não posso me esquecer de citar as dezenas de vídeos de “cidadãos de bem” que, como plateia, se deliciaram e tiveram orgasmos com o quiprocó, e mais, fizeram as postagens dos seus troféus nos “feicibuques e instagrams” da vida. (risos discretos)

A guerra entre Carapicus versus Cabeças de Gato

No livro O Cortiço (escrito em 1890), Aluizio Azevedo descreveu, tendo como cenário principal o ambiente que deu nome à obra e naquele local residiam portugueses, italianos, negros, brancos, pardos, enfim uma miscelânea de diferentes culturas e seus moradores eram chamados de “ carapicus”. Já o outro cortiço que surgiu, os seus habitantes eram chamados de “ Cabeças de Gato”.

Não resisti e fiz a comparação

O furdunço aqui na Flor Vermelha que Encanta, onde a treta e a baixaria me reportaram à obra, creio que podemos então chamar a turma do cortiço 26 de Março de “Carapicus” e os seus oponentes de “Cabeças de Gato”? Opinem aí, amados leitores!

O Toninho Furlan foi pras cabeças

Pois é, amados e fieis leitores, não é que mais uma vez o glorioso presidente da colenda Câmara Municipal de Barueri, o vereador Toninho Furlan, tão logo acabou a sessão, desceu para o meio da plateia e foi peitar e bater boca com um cidadão de nome Mauro, que segundo as suas palavras queria holofotes para as suas encenações. (o cidadão em questão estava se manifestando na plateia causando constrangimentos durante o decorrer da sessão)

Para não perder o costume

Mas antes de descer do proscênio do parlamento, Toninho Furlan desceu a madeira no indigitado, acusando-o de nunca ter feito nada de útil pela sociedade, de só atrapalhar a vida das pessoas e mais de ter o hábito de cantar o hino nacional perfilado diante de uma pilha de pneus! “Filma ele ali. (instou o presidente) Vá até a borracharia ali em frente cantar o hino nacional para os pneus” Hi,hi,hi !

No fim o cidadão foi expulso

A verdade é que o cidadão pivô do homérico Ziriguidum acabou sendo gentilmente expulso do cortiço, quero dizer do Parlamento 26 de Março, devidamente escoltado pro olho da rua por agentes da Guarda Civil Municipal (mas promete voltar à carga assim que possível, presumo eu) Mas antes disso trocou ofensas com o presidente Toninho, dizendo a ele, entre outras coisas, que o mesmo não estaria respeitando a Constituição Federal e os cambaus de Madureira, e recebeu como reposta do presidente, dentre outras coisas impublicáveis, é claro, umvocê não sabe nada, rapaz”

O vereador Hélio Júnior

O nobre vereador Hélio Júnior, depois de ter pulado fora da barca do prefeito Furlan, onde se deliciou de braçadas durante vários anos, agora inexplicavelmente diz com a carantonha mais lavada que a população não sabe sequer o nome do vice-prefeito de Barueri e ele afirma com todas as letras que Piteri foi condenado a oito anos quando era prefeito da cidade de Jandira, dentre outras coisas. Venenosamente, Hélio Jr, ainda provocou a galera dizendo que “os soldados do Furlan estão encontrando dificuldades para levar o nome de Piteri como pré-candidato a prefeito.” Não preciso dizer que ele levou uma baita vaia dos correligionários do Furlan/Beto que se faziam presentes na sessão.

Perdeu o rebolado

O incipiente vereador, do píncaro do seu primeiro mandato, ficou assim meio “sem rebolado”, talvez não acreditando aparvalhado e diante do apupo que recebeu tentou até incorporar um animador de auditório ao abrir os braços pateticamente conclamando a plateia ululante a se manifestar mais ainda.

Teria tido uma afronésia verbal?

No alto do seu desvario verbal, provavelmente perdeu a compostura e passou a atacar em tom pessoal e totalmente desigual, uma vez que somente ele estava munido de uma tribuna e de um microfone, a uma pessoa da plateia a quem acusou com essas palavras: “O rapaz que se exaltou aí, eu acho que ele deve ter recebido alguma coisa do governo. Ele abriu uma loja no Tamboré. Vai lá cuidar da sua barbearia.” Hummmmmmmmmm, eu me recuso a comentar. E vocês, amados leitores o que têm a dizer?

Aí, senhoras e senhores, foi que o barraco desabou

Bem ao estilo de quem fala o que quer escuta o que não quer, o ilustre vereador Hélio Júnior primeiramente recebeu uma espécie de reprimenda do presidente Toninho Furlan, que o admoestou pelo fato do mesmo ter provocado a plateia. Porém, o vereador fez questão de dizer que não estava provocando ao poviléu. Hummmm, não sei não.

Porém o vereador Zuffa não deixou barato

Já o seu colega vereador Wilson Zuffa lhe desceu o sarrafo nos costados, dizendo que o mesmo andava muito preocupado com o pré-candidato Beto Piteri e com isso, provavelmente, se esquecendo que o atual pré candidato dele Hélio Jr, o ex-prefeito Gil Arantes, já foi afastado por corrupção, por lavagem de dinheiro, que foi responsável pela cegueira de 21 pessoas, que abandonou o grupo ao qual pertencia, dentre outras mazelas. Chiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!

Deixou no ar que foi uma perfídia de um pérfido

Minha Nossa Senhora da Escada, o vereador Wilson Zuffa, com a sua borduna verbal, desceu a lenha, deixando lanhos nos costados e na verborragia do seu colega vereador Hélio Júnior, lembrando que o mesmo tem telhado de vidro para ficar jogando pedras aleatoriamente. “Telhados de vidro estilhaçam facilmente, onde bate, sangra. Tem que aguentar o contra-ataque. Andava abraçado, era amor, bajulava, fez até festa na sua casa e levou o Beto. Fale do seu candidato, do seu plano de governo, está difícil, é alguma coisa mal resolvida? Quer voltar para o nosso grupo?” Hi,hi,hi,hi!

Desobedeceu à esposa

Diante dos fatos e da barafunda armada, o vereador líder do prefeito Furlan na augusta casa de leis (Parlamento 26 de Março) hoje também conhecida com o gentil epíteto de “O Cortiço do João Romão, Thiago Rodrigues, não se conteve, descumpriu a promessa que teria feito à sua esposa de não ir à tribuna. Foi, e de lá também arrepiou. Thiago também recordou a festa surpresa que o vereador Hélio Junior fez em sua casa com a presença do Beto Piteri, onde teria ganho inclusive a primeira fatia de bolo, e agora ele afirma que a população sequer sabe o nome do pré-candidato. Coisa feia, não é, meus leitores? Isso até me lembra a última ceia, quando Pedro, na maior cara de pau, negou conhecer a J. Cristo, reservadas as devidas proporções, antes que os meus leitores me passem reprimendas pela comparação?

E o vereador Thiago desfiou um corolário

Embalado no seu próprio discurso, no qual bem ao estilo do Rogério Magri, que criou a palavra “imexível” (risos discretos), o edil barueriense tascou a palavra “DESPROIBIDO” para justificar o descumprimento da promessa que havia feito à sua consorte. “O seu pré-candidato tem 53 processos eleitorais, foi afastado por corrupção, deixou um rombo de 100 milhões, deixou o hospital Francisco Moran sofrer intervenção, quebrou o Ipresb”, dentre outras mazelas.

A defesa exacerbada do Wilson Zuffa

Na sua exacerbada defesa ao pré-candidato Beto Piteri, ele disse que Hélio Junior estava cuspindo no prato em que comeu e, enaltecendo as obras do prefeito Rubens Furlan, ainda o desafiou a mostrar qual foi o dia em que Beto apareceu no Fantástico ou foi afastado por corrupção. Por fim, Thiago ainda denunciou que o ex-prefeito Gil Arantes teria entrado com uma liminar para derrubar a TV Barueri. Minha nossa, o que será o fim disso, como diria a senhora minha avó!

Desceu a ripa na falta de profissionais

O ínclito vereador Allan Miranda, que também pulou da canoa do prefeito Furlan e se aboletou no iate do Gil Arantes, sem nenhum freio na língua, sentou o rabo de tatu na Secretaria de Educação, que tem como titular o professor Celso Furlan, pela falta de profissionais de inclusão na rede. Allan deu o nome de várias escolas que precisam de tais profissionais e ironizou a resposta que teria recebido da secretaria sobre o assunto.

Aí o vereador Fabião

No mesmo embalo do vereador Allan Miranda, o também vereador Fabião, autointitulado pré candidato a prefeito de Barueri, também sentou o “reio” na Secretaria de Educação da Flor Vermelha, que possui segundo os seus dados, algo em torno de 1 bilhão e trezentos milhões de reais somente para a educação e perde em qualidade para a cidade de Sobral, no Ceará, com o seu irrisório orçamento de 300 milhões, a número 01 no Brasil no ranking da educação.

Tem prédios, mas não tem conteúdo

Nas suas críticas ácidas à educação, o vereador agora pré-candidato a prefeito, como num passe de mágica, uma vez que quando estava ao lado do prefeito Furlan não tecia tais comentários, agora desce o porrete afirmando que a rede de ensino de Barueri tem prédios bonitos e suntuosos, porém o ensino em si carece de conteúdo, e que os profissionais não são valorizados.

Bateu na empresa de ônibus Benfica

De quebra, o vereador demonizou a Benfica com seus ônibus velhos que circulam em Barueri e os comparou com a qualidade superior daqueles que rodam na vizinha cidade de Itapevi. Que pertencem à mesma empresa.

O pré-candidato disse que embora tenha solicitado cópia do contrato da prestação de serviços da Benfica em Barueri, não o recebeu e, por essa razão, entrou com um pedido por via judicial no Ministério Público. O que uma campanha eleitoral não faz, né, meus leitores. (risos discretos)

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