segunda-feira, outubro 20, 2025
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Novo laudo aponta asfixia e MP volta a denunciar empresário por feminicídio no Alphaville

por: Redação

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Nova denúncia contra Fábio Soalheiro se baseia em laudo independente que aponta sinais de asfixia

O Ministério Público de São Paulo alterou sua posição e solicitou à Justiça a continuidade da prisão preventiva do empresário Fábio Seoane Soalheiro, de 59 anos, investigado pela morte de sua companheira, Bruna Martello Carvalho, no Alphaville.

A nova solicitação foi feita pelo promotor Vitor Petri, responsável também por apresentar denúncia formal contra o empresário, agora acusado de feminicídio. A Justiça analisará se aceita a denúncia, o que transformaria Soalheiro em réu e manteria sua detenção.

Inicialmente, o promotor havia pedido a soltura do suspeito, apontando falta de evidências conclusivas nos laudos do Instituto Médico Legal quanto à causa exata do falecimento de Bruna, de 35 anos.

A vítima foi localizada sem vida no apartamento onde vivia com o companheiro, apresentando diversos ferimentos no rosto, na cabeça, membros superiores e inferiores. Fábio foi preso em flagrante no dia 3/8, após a polícia encontrar indícios de que ele poderia estar envolvido diretamente na morte de Bruna, que deixa uma filha de 5 anos.

No momento do ocorrido, o empresário acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), alegando que a companheira havia sofrido uma convulsão e se ferido ao cair.

De acordo com a Guarda Civil Metropolitana, que realizou a prisão, Fábio negou qualquer tipo de agressão. Sua defesa afirmou, no dia da detenção, que ele “nega categoricamente qualquer intenção criminosa, tem colaborado com as autoridades desde o início e acredita que, ao fim do processo, os fatos serão devidamente esclarecidos”.

O promotor Petri explicou a mudança de posição mencionando um laudo técnico produzido por um perito particular, contratado pelos pais da vítima, Enrico Ferreira Martins de Andrade. Segundo esse especialista, o relatório oficial do IML induz a interpretações equivocadas e que os sinais no corpo de Bruna são compatíveis com um quadro de asfixia mecânica provocada por compressão torácica externa.

O novo entendimento do Ministério Público se baseia, portanto, em evidências técnicas adicionais que apontam para violência física compatível com homicídio por sufocamento.

Durante as investigações, a Polícia Civil colheu o depoimento de moradores do edifício. Um vizinho relatou ter escutado gritos e choros recorrentes vindos do apartamento do casal nos últimos três meses, o que motivou inclusive uma queixa à administração do prédio.

Na noite anterior à descoberta da morte, por volta das 22h30 do dia 2/8, uma moradora gravou sons de gritos e batidas vindos do imóvel da vítima. Ela chegou a acionar a segurança do condomínio para verificar a situação. Pouco tempo depois, os ruídos cessaram. Na manhã seguinte, os moradores foram informados sobre o falecimento de Bruna. As gravações foram incluídas nos autos do processo.

Além deste caso, Fábio Soalheiro também era alvo de outras ações judiciais: havia um mandado de prisão em Santa Catarina por atraso no pagamento de pensão alimentícia e ele já respondia por descumprimento de uma medida protetiva em um processo de violência doméstica ocorrido em Blumenau.

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