Estudantes do ITB Prof. Moacyr Domingos Sávio Veronezi, do Parque Imperial, realizaram protesto contra mudança de horário
Um movimento organizado por alunos do ITB Prof. Moacyr Domingos Sávio Veronezi, no Parque Imperial, fez a Fundação Instituto de Educação de Barueri (Fieb) recuar de uma decisão que alteraria o turno de aulas da manhã para a tarde.
Na última sexta-feira, 24/8, os estudantes da unidade receberam uma notificação da Fieb de que trocariam de horário, passando do turno da manhã para o da tarde, a pedido da direção da Emef Profª Marlene Pereira Santiago, que compartilha o prédio com a Fieb/ITB.
A notícia desagradou os alunos da Fieb/ITB, que não poderiam mais realizar estágio em função do horário e dos estudantes que moram longe e se arriscariam indo embora após às 18 horas. “A gente vai perder vários direitos como estágio e ter de ir embora do bairro supertarde, uns moram em Amador Bueno, imagina sair 18h40 da escola”, conta uma aluna, que não quis ser identificada, do último ano do curso de Manutenção e Suporte em Informática ao Barueri na Rede.
Na segunda-feira, 27/8, jovens dos cursos de Manutenção e Suporte em Informática e Logística se reuniram para organizar o movimento, e entre terça e hoje, fizeram um abaixo-assinado contra a mudança. Foram reunidas cerca de 420 assinaturas para que a Fieb/ITB recuasse da decisão. Hoje, os estudantes pararam a escola em protesto.
A Fieb/ITB acabou aceitando as reivindicações dos alunos ainda nesta quarta-feira, 29/8, e suspendeu a decisão. “Eles foram pessoalmente na nossa escola e o diretor nos avisou que conseguimos ficar de manhã”, explica uma das alunas que coordenou o movimento.
Segundo ela, não é de hoje que há hostilidade entre alunos e direção da Emef Profª Marlene Pereira Santiago com estudantes da Fieb/ITB. “Não podemos fazer nada, nem festa junina, nem fazer exposição dos nossos trabalhos, por que a Emef não deixa”, conta a estudante, que ainda revela que se estudantes do ITB fazem algum trabalho exposto, precisam tirá-lo, pois somem ou são estragados por alunos da Emef.
“A gente tem que sair pelo portão da quadra, por que eles não gostam quando saímos pelo portão principal. Somos xingados pela turma da Emef e até chutados. Ninguém faz nada”, desabafa, sobre a situação que ocorre desde o início do ano. “É uma escola compartilhada, mas temos direitos também. Em 2016, fizemos um protesto pois estávamos sem piso e depois de um tempo colocaram pisos na escola, ou seja, a gente também faz parte da escola”, contesta.
O Barueri na Rede procurou a Fieb sobre o caso, que em nota, informou que: “desconhece o fato, visto que a convivência entre alunos da Instituição e os da Emef do Parque Imperial sempre foi pacífica e harmoniosa. Ressaltamos que FIEB e a Secretaria da Educação Municipal possuem o mesmo objetivo, que é a qualidade de ensino para todos os estudantes”. O BnR também procurou a prefeitura, mas não obteve respostas até o fechamento desta matéria.