Pelo menos 19 motocicletas Tiger e Lander da Rotam, alugadas de empresa privada, estão paradas juntando poeira
Uma cena chama a atenção de quem circula pelas dependências da Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana de Barueri e da Guarda Municipal. Num ponto das instalações, pelo menos 19 motocicletas que deveriam estar nas ruas estão paradas há tempos, sem uso, juntando poeira.
São motos Tiger e Lander da Rotam, divisão à qual está ligado o grupo de motociclistas da GCM. Elas não são propriedade da prefeitura, mas alugadas de uma empresa privada. O motivo pelo qual estão encostadas é a falta de capacetes para uso de seus pilotos.
Enquanto aguardam o equipamento de segurança, sem o qual não podem dirigir as motos, os agentes atuam em outros papéis, inclusive patrulhamento em viaturas da própria Rotam. Parte deles chegou a discutir a compra dos capacetes com recursos próprios, mas a ideia foi abandonada.
“Seria um absurdo nós termos que pagar nossos próprios capacetes trabalhando para uma prefeitura tão rica”, disse ao BnR um agente que desestimulou os colegas a adquirir. “Já basta termos que comprar uniformes, calçados e até braçadeiras.”
Outro agente lembra que a prefeitura paga regularmente o aluguel das motocicletas. “É um grande valor gasto todo mês, sem falhar, inclusive agora que as motocicletas estão paradas, enquanto nossos capacetes tem longo prazo de vida, gastou agora, só vai gastar de novo daqui a cinco anos”, lembra ele.
Os capacetes usados por pilotos militares custam entre RT$ 200 e R$ 450, se comprados individualmente, mas há descontos em caso de adquisição em grande quantidade.
O Barueri na Rede procurou a gestão municipal para falar sobre o problema. Por meio da Secretaria de Comunicação (Secom), perguntou como chegou a acontecer de faltarem capacetes, se a Guarda não tem estoque de reserva para evitar que faltem e quando o problema será resolvido. Até o fechamento dessa reportagem, não recebeu nenhuma resposta.